segunda-feira, 27 de setembro de 2010

'Nova doméstica' tem carro zero e faz faculdade

Aquele velho perfil da doméstica, com baixa escolaridade e renda inferior a um salário mínimo por mês, está perdendo espaço para um novo tipo de profissional da área: mulheres mais estudadas e com perfil empreendedor, afirmam as próprias trabalhadoras. O G1 conversou com domésticas que ganham em média R$ 1,5 mil, têm carro zero e, entre outras atividades, fazem faculdade.


Conforme dados divulgados este mês na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009 os trabalhadores domésticos no Brasil eram 7,2 milhões -- alta de 12% em relação ao ano anterior. Em cinco anos, o total de domésticos com carteira assinada subiu 20%, conforme a pesquisa.

O instituto mostra também que das 39,5 milhões de mulheres que trabalham no país, o maior percentual é justamente de domésticas (17%). 16,8% delas estão no comércio e 16,7% estão na educação, saúde e serviços sociais.

A carioca Vera Lúcia da Silva Teixeira, de 42 anos, diarista há mais de 20, vive uma realidade bem próxima da vivida pela patroa. Ela estuda direito em uma faculdade particular do Rio, paga colégio particular para a filha, de 19 anos, troca mensagens de celular com os patrões e ainda está sempre conectada na internet.

Moradora na Zona Oeste do Rio, Vera divide seu tempo de trabalho em oito apartamentos da Zona Sul. Mas a doméstica moderna afirma que seu caso não é tão comum e que sofre preconceitos. "Se falo que sou diarista, moro na Freguesia (bairro da Zona Oeste) e faço faculdade particular, não acreditam. As pessoas são muito preconceituosas",disse.

Vera quer fazer concurso para ser juíza ao terminar a faculdade. Segundo ela, a relação com os patrões melhorou e ela se sente mais respeitada. “Tudo mudou. Parece que abre um leque, as pessoas te olham de outra forma”, contou.

Carro zero



Moradora de Santo André, na Grande São Paulo, a diarista Agenora Silva, de 47 anos, ganha, em média, R$ 1.500 por mês e trabalha em uma casa diferente a cada dia da semana. Ela diz não ter vergonha de sua profissão. "Eu acho que daqui a alguns anos, a empregada doméstica vai ter mais valor do que quem trabalha em banco, em firma. Eu tenho amigas que trabalham em loja, e falam como se fosse uma coisa superior. Mas elas ganham menos, mixaria", disse.

Vai para as casas onde trabalha de carro zero, que financiou em cinco anos com prestação de R$ 700 por mês. Foi beneficiada pela expansão do crédito e conseguiu financiamento mesmo sem comprovação de renda. "Prefiro ir trabalhar de carro do que a pé. Imagina, depois de um dia cansativo de limpeza, ainda pegar ônibus lotado?."

Agenora conta que o "sucesso" de sua profissão se dá por conta de seu empreendedorismo. "Tem que ser esperta, né. Eu avalio o tamanho da casa, a quantidade de gente que mora, a distância. Daí cobro entre R$ 60 e R$ 100 por dia de trabalho, dependendo do caso." Ela confessa que já recusou trabalho. "Quando não tenho dia, eu recuso. Às vezes eu queria ser duas." A diarista faz também academia para liberar o estresse do trabalho.

Com ensino médio completo e dona de uma casa própria, ela diz que sempre teve o sonho de estudar Administração de Empresas, mas afirma que "a idade não permite". Agora, o próximo passo é comprar uma moto. "Eu quero comprar e vou comprar. Gasta menos e posso deixar meu carro na garagem. Pretendo comprar até dezembro e estou juntando dinheiro para pagar à vista."

A diarista Josefa Evaristo, moradora de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, tem 42 anos e é doméstica há 30. Também tem carro do ano financiado em 40 prestações de R$ 800. O valor é quase metade do que tira por mês, cerca de R$ 1.800 com ajuda de uma pensão do ex-marido, já falecido.

Além de sustentar a casa, ela ajuda os quatro filhos. "Estou terminando de construir uma casa para minha filha, que vai casar. E depois quero ver se começo a guardar dinheiro, para garantir uma vida boa lá na frente."

Outra doméstica representante deste novo perfil é Rosangela Pereira da Silva Gomes, de 32 anos, do Rio. Ela vai de carro, um Siena, para as três casas onde trabalha e, além disso, também está por dentro do mundo virtual.

Disse que já passou por cenas de preconceito por conta da profissão. Certa vez, um funcionário de um dos prédios onde ela trabalha perguntou se ela andava de ônibus. Ela respondeu que não, porque tinha carro. O rapaz, então, desconfiado, quis saber onde estava o carro de Rosa. “Eu mostrei no estacionamento e ele respondeu ‘mas aquilo ali não é carro de empregadinha não, é carro de madame’. Eu falei ‘olha, trabalhei muito, eu e meu marido, para conseguir comprar esse carro’. Só porque sou doméstica não posso ter um carro melhor?”, indagou Rosa.

Para ela, ser doméstica é mais vantajoso do que ser lojista ou secretária, profissões que ela já exerceu. “Trabalhei em uma loja de departamento, eram quase 12 horas por dia, uma exploração, não tinha direito a nada, era muito ruim o ambiente. Tudo fachada. Pedi demissão. Não tinha tempo de fazer mais nada na minha vida. Como doméstica não trabalho todos dias, tenho tempo para fazer minhas coisas, levo meu filho na escola e ganho mais”, disse ela, que é diarista há cinco anos.

Segundo Rosa, seu salário atual é o dobro do valor que recebia no comércio, onde, apesar da baixa remuneração e do clima pesado, não sentia preconceito.

Negócio próprio



Moradora de Belo Horizonte, a doméstica Maria Helena Pereira, de 36 anos, está na profissão há 18. Com o dinheiro que recebeu, comprou carro, casa e acaba de comprar uma loja para começar o próprio negócio.

Ela disse que voltou a estudar -- voltou ao primeiro ano do ensino médio -- para buscar um caminho diferente na sua vida. "Daqui a um ano me vejo em outra profissão. Eu quero ter o meu próprio negócio. Não que eu não goste do que eu faço, mas essa vontade de mudar está dentro de mim", disse.



 Mudança no perfil



A presidente do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo, Eliana Menezes, confirma a mudança no perfil das domésticas. "Antigamente, o emprego doméstico era tido como da época da escravidão, quando se trabalhava por comida. Não havia amizade, havia submissão."

Segundo ela, a mudança no perfil ocorreu por conta do aumento da renda, com instauração de piso salarial para a categoria, pouco superior ao salário mínimo. Confirmou que há diversos casos de mulheres que estudam e fazem cursos para se qualificar. Os salários, que eram abaixo do mínimo, costumam ser, na capital paulista, entre R$ 700 e R$ 1.200.

Ela pondera que as diaristas, que podem ganhar bem mais, até R$ 2.000, deveriam pensar melhor e tentar emprego com carteira assinada. "Esse é o ponto xis, ganham mais por dia, mas perdem imensamente mais. Não têm férias, não têm 13º. O nosso trabalho é conscientizá-las disso, de seus direitos."

Apesar da melhoria na situação das domésticas, conforme aponta o sindicato, o IBGE informa que, de modo geral, as condições de trabalho da categoria no Brasil continuam precárias - mais de 70% não tem carteira assinada e o rendimento médio mensal é de R$ 395.

A doméstica Jacionete Silva Santos de Paula, de São Paulo, disse que já aprendeu a lição. Tinha emprego com carteira assinada e ganhava um salário mínimo. Pediu demissão há um mês porque o trabalho estava pesado demais. Propôs que a patroa dobrasse seu salário e ainda contratasse uma diarista para ajudar, mas ela alegou que não podia.



"Chega de escravidão, não nasci para isso. Tenho consciência dos meus direitos e sei que posso encontrar um emprego melhor."

Fonte: Carolina Lauriano, Mariana Oliveira e Pedro Triginelli
do G1, no Rio, em São Paulo e em Belo Horizonte

sábado, 25 de setembro de 2010

Conheça os líderes de ontem, hoje e de amanhã

Nunca se ouviu falar tanto de liderança como nos últimos anos. Contudo, ao contrário do que muitos podem imaginar, o assunto não é novo. O que muda são as características dos líderes.

Para se ter uma ideia, segundo explica Arthur Diniz, autor do livro “Líder do Futuro – A Transformação em Líder Coach” (Espaço Editorial), no passado, o perfil da liderança nas empresas era mais autoritário, com os chefes mandando e os subordinados obedecendo. Assim, diz ele, o lema em grande parte das corporações era:
Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Por isso, no passado, não havia a necessidade de se motivar pessoas para ter sucesso nas empresas. Bastava ser um bom gerente e mandar as pessoas executarem as tarefas necessárias”, explica.

O hoje e o amanhã

Hoje, ainda conforme Diniz, vivemos um período de transição, no qual ainda é possível encontrar nas empresas líderes que se utilizam de autoritarismo e ameças, atuando junto a profissionais que questionam as decisões tomadas.

Para o futuro, entretanto, aposta-se na valorização do autoconhecimento, do equilíbrio e do reconhecimento das emoções.

Tenho a convicção de que o perfil dos futuros líderes será muito diferente do que vimos até hoje (…) O líder do futuro sabe quais são seus pontos fortes e fracos, suas oportunidades e suas ameaças. Entende que pode controlar suas emoções e, com isso, gerenciar a própria motivação e a dos seus seguidores”.

Além disso, na opinião de Diniz, o líder do futuro tem a capacidade de agir e promover a ação de todos, transformando o fracasso em feedback para os próximos passos.

Assumindo erros e tendo credibilidade

O líder do futuro é um profissional que reconhece as próprias falhas e pede desculpas, assumindo a responsabilidade pelos erros de sua equipe e repassando os créditos do sucesso aos seus seguidores.

Outra característica importante que estará presente nestes profissionais no futuro é a credibilidade, com o líder cumprindo o prometido aos seus liderados, mesmo que isso signifique desgaste com os superiores.

Credibilidade é fundamental para qualquer estilo de liderança que você queira adotar. Portanto, se você não tem autonomia para honrar uma promessa, não assuma esse compromisso”.

Líder Coach

Por fim, no futuro, quem quiser assumir cargos de liderança deverá ser criativo, não só no sentido de ter ideias criativas, mas também no que trata de exercer papéis diversos e se comportar conforme as situações se apresentam.

No mais, o líder de amanhã é um excelente coach, ressalta Diniz. O que significa que ele deve liderar por meio de perguntas e não de respostas, colocar-se em condição de igualdade com seus liderados, pressupondo que cada um tem um potencial ilimitado.

Esse líder necessita ter três qualidades marcantes: autoconfiança, paixão pelo que faz e amor pelas pessoas. São características que permitem ao líder se colocar em uma posição de igualdade com seus seguidores sem medo de ser desrespeitado, superado ou desqualificado”.

Fonte: Gladys Ferraz Magalhães
InfoMoney



terça-feira, 21 de setembro de 2010

10 dicas para você perder um cliente

10 DICAS DO PROF.MARINS PARA VOCÊ PERDER UM CLIENTE



1. Acredite que seu cliente é um "palhaço". Faça-o de palhaço, trate-o como um palhaço. Minta. Não cumpra o que prometer. Acredite que cliente sempre volta;



2. Seja arrogante. Você e sua empresa. Lembre-se que você não precisa daquele cliente. Sua empresa é mais importante e sempre será. Se o cliente quiser comprar, que compre. Se não quiser, que procure outro;



3. Não se preocupe com qualidade. Nem de produto, nem de serviço. Cliente não entende de qualidade. O que cliente quer é "preço";



4. Tenha sempre os funcionários mais baratos do mercado. Essa estória de pagar bem é conversa. Empregado tem que ser tratado como merece – sempre com um chicote na mão;



5. Nunca treine seus funcionários ou permita o seu desenvolvimento. Se você treinar eles saem. Se forem melhores, também sairão. Nada de treinamento. Sua empresa não é escola de concorrentes;



6. Faça o seu cliente perder tempo. Acredite que ele tenha o tempo todo à sua disposição;



7. Nunca cumpra prazos e horários. Chegue atrasado aos compromissos assumidos e não se preocupe com os prazos prometidos;



8. Fale com o cliente sem olhar para ele. Olhe para o chão, para os lados ou para qualquer lugar, menos para os olhos do cliente;



9. Não dê retorno. Se ele quiser saber, ele que ligue para você ou vá até à sua empresa. O interesse é dele;



10. Jamais sorria. Você não é palhaço para ficar dando risadinha o tempo todo. Se o cliente quer alegria, que vá ao circo!


sábado, 18 de setembro de 2010

Hoje é seu dia de vencer?

Prezada Débora Martins:
Ao ler seu texto não resisti e publiquei no meu blog.
Parabéns pelo conteúdo.
Espero um dia poder participar, quem sabe aqui em Juiz de Fora,
de uma de suas palestras.
Grande abraço.


Texto do Informativo Atender Bem



Mais confiante!

 

Hoje é seu dia de vencer? Por favor, responda esta pergunta antes de ler o próximo parágrafo.



Olha, uma coisa curiosa me aconteceu depois que completei 35 anos. Antes, era de um otimismo arrebatador e, acreditava na força propulsora que habita em cada um de nós. Sim, aquela energia responsável pelos grandes feitos que realizamos. Agora, o que mudou é que essa minha fé na vida só aumentou. Pensou que seria o contrário, não foi? Pois é, as adversidades funcionam como provas para nosso crescimento, isto é fato. Entretanto, a escolha é nossa.

 
Quer ser vitima ou protagonista?



Dica: Se escolher ser vitima é suave, viu? Você reclama, chora, como nas novelas mexicanas escorrega pela parede, se esconde das pessoas e dos problemas e sente um conforto, mesmo que levemente desconfortável. Eis o que está reservado para quem escolhe o caminho da auto-piedade.



Hum... E ser protagonista, como é? Você levanta cedo, vai pra vida e encara a realidade tal como é, fria e dura. Enfrentando os problemas, aceitando as limitações, compreendendo que não está no controle de tudo ou todos. É... Não é fácil! Mas é a melhor opção para quem deseja vencer na vida e por fim nas situações que nos aprisionam e nos impedem de evoluir.



Mostre o seu melhor e trabalhe com afinco, respeite-se e pense positivo, assim você será um sucesso!

Fonte: Débora Martins
                                                                                       http://www.atenderbem.com.br/boletim/2010/informativo_303.htm
 
 



terça-feira, 14 de setembro de 2010

Faça um "Projeto Corvo" em sua empresa

Fui chamado numa empresa. Conversando com a diretoria e com os funcionários, logo vi que no meio deles existia um grande número de pessoas que tinham uma visão extremamente negativa da empresa, do mercado, das pessoas, dos concorrentes, dos fornecedores, etc. e que tudo faziam para que nada fosse feito de inovador, de criativo, de novo.

Várias idéias inovadoras e projetos inéditos e arrojados foram apresentados e boa parte dos funcionários e gerentes diziam:

- "Aqui isso não dá certo!"

- "O senhor não conhece esta empresa..."

- "Nossos clientes não aceitam isso..."

- "Nesta cidade nada vai prá frente..."

- "Não adianta tentar mudar..."

Logo percebi que a empresa estava cheia de "corvos".

Pedi uma reunião separada com a diretoria e propus fazermos um "Projeto Corvo" que em última análise era dispensar (mandar embora) todos os "corvos" da empresa. Fizemos o tal "Projeto Corvo" e mandamos para a rua mais de 15 funcionários entre engenheiros, administrativos e pessoal de vendas – todos "corvos".

Seis meses depois voltei à empresa. Era outro o clima. O astral era positivo. As inovações haviam sido postas em prática – e estavam dando certo! A diretoria e os próprios funcionários remanescentes estavam surpresos ao ver como tudo ficou muito mais fácil sem os "corvos" que puxavam a empresa para baixo e para trás. As coisas começaram a fluir. A comunicação melhorou entre todos os níveis. As pessoas estavam todas mais felizes no trabalho. As vendas cresceram!

Às vezes nos iludimos com "excelentes técnicos" – pessoas que entendem muito do produto que fabricamos ou da área em que trabalham. Meu conselho, mesmo com relação a esses "excelentes técnicos" é o de livrar-se deles. Você não imagina como será diferente e melhor a sua empresa, o seu departamento, a sua diretoria, sem aquele "corvo, urubu, abutre" dizendo a todo o momento que as coisas não vão dar certo, que já viu esse filme antes, que é bobagem tentar, etc, etc.

"Corvo" é aquele que não acredita. Que não quer tentar nada novo. Que vive no "quanto pior, melhor". Que tem uma visão extremamente negativa do mercado, dos clientes, dos fornecedores, da cidade, do país.

Essas pessoas são mentalmente insanas. São as chamadas "fronteiriças". Como estão fora de um hospital menta a gente não pode colocá-las lá dentro. Mas se estivessem lá dentro não teriam alta para sair...

Meu conselho, na verdade, é o seguinte:

Se você tem "corvos" na sua empresa, sejam eles quem forem, mande-os embora. Faça uma carta de recomendação ao seu maior concorrente e mande-os para a concorrência. Não dá para viver e trabalhar hoje com gente puxando você para baixo e para trás. A energia que essas pessoas "sugam" dos outros e da própria empresa, faz falta no mercado, na inovação, na criatividade, no desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Vemos essa realidade em muitas empresas, organizações, associações. Pessoas com as quais não temos prazer em conviver. Pessoas que "espantam" nossos clientes e nossos melhores funcionários, os mais motivados e com uma visão positiva do mundo e das coisas.

É preciso que não nos esqueçamos que neste século XXI vencerá a empresa com a qual o cliente sinta "prazer" em relacionar-se. A empresa tem que ser "leve, alegre, gentil, pronta, comprometida com o sucesso do cliente". Corvos não conseguem ter esse comportamento. Corvos atrapalham, impedem, ofendem. Conheço empresários, diretores, gerentes, que quando se levantam pela manhã não sentem o menor desejo de ir para a sua empresa só porque se lembram desses "corvos", da cara deles, do jeito deles, da ironia deles, da negatividade deles.

Livrar-se dos "corvos" é uma tarefa essencial para o sucesso pessoal e empresarial. Livrar-se dos "corvos" é fundamental para uma empresa vencer os desafios da qualidade, da competitividade, da inovação e da criatividade necessários para este novo século.

Livre-se dos "corvos"!

Pense nisso.
Faça um "Projeto Corvo" na sua empresa.
Sucesso!

Fonte: Prof. Marins

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Faça o teste: Você é viciado em Internet?

Você é um NETVICIADO?

No filme “Matrix”, Neo (Keanu Reeves), tem de decidir entre duas pílulas: a azul e a vermelha. Tomando a azul, Neo voltará a uma vida “ilusória”; se optar pela pílula vermelha, conhecerá a fundo o que se pode chamar de realidade. Todo mundo sabe que ele fica com a vermelhinha, mas não é bem o que está acontecendo do lado de fora da telona, onde cada vez mais pessoas ficam “abduzidas” pelo mundo “irreal” Elas são chamadas de netviciados. Segundo artigo da pesquisadora norte-americana Diane Wieland, publicado na revista "Perspectives in Psychiatric Care", cerca de 10% do total de internautas do planeta são viciados na coisa.

Quer mais? Um recente estudo realizado nos Estados Unidos, por uma grande rede de lojas de eletrônicos, Retrevo, descobriu que 48% dos entrevistados atualizam o Facebook ou o Twitter assim que acordam ou antes de dormirem.

Meu reino por uma conexão
 
O bicho está pegando aqui no Brasil também. “Unknown Blogueira”, twitteira de mão cheia, que não revela o seu nome e tem menos de 25 anos, diz que não tem amizades reais nem namorado. “Eu realmente detesto o real, pelo menos o meu. As pessoas que eu conheço são desinteressadas, só tem gente lerda que não sabe um fio do que as do virtual sabem. Se eu pudesse usaria o botão de excluir/bloquear aqui fora. Essa é uma parte negativa da internet. A gente acostuma a tratar as pessoas como um objeto que, quando você se cansa, simplesmente descarta”, diz.

Alexandre Kavinsky, 38 anos, sócio da I-Cherry (Search Marketing) afirma que passa dez horas por dia conectado. “Mas considere que trabalho com isso, senão passaria só umas nove horas (risos)". Casado e com filhos, Alexandre diz que a salvação contra o divórcio é a internet no celular. “Sempre dou um jeitinho de estar com a família, mas sem deixar de espiar a rede”, confessa.

A psicóloga Silvia Pedrosa recomenda cautela no uso da ferramenta. “Vício é ato, um hábito, que na necessidade de repetição forma uma dependência físico-psicológica. E tudo o que é em excesso tende a causar sofrimento, pois gera um desequilíbrio. Fazer parte das redes de relacionamento é saudável na medida em que as pessoas saibam lidar com elas, percebendo que não podem substituir as relações e o lazer do dia a dia”. Para Silvia, se o computador está proporcionando mais prazer do que o convívio com as pessoas é preciso refletir se não vale a pena rever a vida. Para ajudar nessa reflexão, faça o teste aqui.

Fique de olho!

Dorit Wallach Verea, psicóloga, mestre em psicologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em dependência química pelo Instituto Sedes Sapientiae, afirma que a busca pelo prazer nos move, e tendemos a repetir ações agradáveis. Às vezes é nesse prazer que encontramos uma forma de fugir das dificuldades. “O problema é quando o gostar muito se transforma em dependência, e o prazer se transforma em dor.”

Definimos compulsão pela internet quando a pessoa:

-Passa muito tempo no computador, inclusive perdendo muitas horas de sono.


-Negligencia suas responsabilidades e necessidades familiares, pessoais e profissionais de forma reiterada.

-Apresenta prejuízos consequentes do uso patológico da internet.

-Sente grande angústia ou ansiedade na ausência ou na impossibilidade de estar no computador.

-Nega, mente ou manipula as pessoas para não ser criticada e continuar mais tempo na internet.


Quatro dicas que podem ajudar a ter mais controle

=> Seja consciente. A falta de crítica e grande desconsideração quanto aos fatores de risco nos deixam indefesos quanto aos perigos que a internet oferece à saúde integral, ou seja, saúde física, emocional, familiar, social e profissional.

=> Não espere ter problemas de saúde para tomar atitudes. A visão imediatista e a falta de reforço positivo de curto prazo fazem com que a necessidade em manter comportamentos que favoreçam a saúde seja ignorada.


=> Fique alerta! O estilo de vida é adquirido dentro do ambiente familiar. Pais ou irmãos mais velhos fumantes, obesos, alcoólatras entre outros, influenciam diretamente na aquisição de comportamentos de risco. O mesmo para a internet.


=> Cuidado: a falta de supervisão dos pais e mensagens inconsistentes são grandes influenciadoras de comportamentos compulsivos.


Quem ajuda:

- O Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, usa psicoterapia para tratar os viciados em internet. Tel. (11) 5579-1543
- O Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC atende diariamente os pacientes por e-mail e tem um núcleo que visa estudar o comportamento dos netviciados. Contato: nppi@pucsp.br

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Fidelização: o desafio do século XXI

Basta uma simples ida ao supermercado ou shopping center para notar a vasta quantidade de marcas que encontramos para um mesmo tipo de produto. Cada um tem suas promessas, qualidade e custo.

Sob a ótica de consumidores, fazemos as escolhas com base nos critérios que estabelecemos como prioritários. Já do ponto de vista de fabricantes ou distribuidores, somos desafiados a analisar nossos produtos e os de nossos concorrentes a fim de ressaltar o que temos de melhor, nossos pontos fortes.

Este destaque de nossas qualidades se dá por meio de uma comunicação clara e eficiente, que visa fixar essas informações na mente dos consumidores. Vale ressaltar que mais importante que estar presente no mercado é saber de que forma se é visto pelos seus potenciais clientes.

Ter uma avaliação positiva dos consumidores significa ter chances aumentadas de fazer parte de sua lista de compras hoje e no futuro. Eis que surge o fenômeno da fidelização, um predicado que se torna cada dia mais indispensável para qualquer marca - independentemente de segmento.

Por se tratar de uma promessa, a marca carrega consigo vários atributos que precisam ser passados aos seus consumidores. Essa marca é boa porque lava melhor. A outra porque rende muito. E assim por diante, sendo avaliadas sempre por suas características de destaque.

O canal é uma peça fundamental no transporte dessas promessas até o consumidor final. Principalmente em mercados pequenos ou em locais onde a comunicação por si só não consegue levar esses conceitos, é seu papel reforçar a marca e demonstrar o quão forte ela é.

Independentemente do mercado, público ou consumidor, o ato da compra vai se basear sempre em fatores que a marca possibilitou ao consumidor observar. O canal deve repassar isso de forma clara e objetiva. O revendedor ou distribuidor devem defender a marca.

De certa forma, o processo de fidelização ocorre em escala, onde um distribuidor que defenda a marca repassa os produtos para os revendedores, que por sua vez, convencidos da qualidade que a marca oferece, repassam isso aos seus consumidores que entendem, acreditam e retornam para comprar mais de determinado produto.

Para que isso funcione, é indispensável que a marca treine, instrua e acompanhe todo o processo do canal, evitando assim desgastes e possíveis ruídos na comunicação. Destruir uma marca é muito mais rápido do que parece e, normalmente, acontece por situações que se tivessem sido previstas, poderiam ser facilmente evitadas. Fortalecer os laços dentro do canal também significa fortalecer mais um ponto de contato da marca.

Construir uma marca é uma tarefa árdua, longa, mas que quando bem desenvolvida gera retorno sobre o investimento. Fidelizar a marca através dos atributos é o melhor cenário possível. O custo é mais baixo e o retorno, muito maior. Quando um consumidor defende uma marca, não esta defendendo apenas a marca, está defendendo aquilo que ele acredita, aquilo que ele segue. Ele passa a ser o sonho de toda empresa, o consumidor fiel.

*Eduardo Przybylski é designer de informação da dBrain,
agência especializada em marketing de canais.



As melhores práticas na construção de marcas e
na fidelização com seus clientes,
serão apresentadas e debatidas no CONAREC 2010
- Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente.
Confira a grade completa do evento
através do site wwww.conarec.com.br e
faça sua inscrição pelo telefone
(11) 3125 2298. Participe!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Lidando com o seu Chefe

Como se relacionar com o protótipo do “chefe difícil de lidar?”

Lidar de forma eficaz com um chefe de difícil convivência é um desafio muitas vezes razoavelmente fácil de ser manejado. Primeiramente, você deve tentar entender as razões do comportamento dele. Partindo do princípio que seu chefe geralmente se comporta de uma forma razoavelmente educada, e que um determinado comportamento parece ser resultado de uma sobrecarga de estresse, mais do que uma característica inerente, as chances desse comportamento se modificar são grandes.

Mas se seu chefe tem um comportamento hostil crônico, um estilo de interação abusivo, independentemente da carga de estresse no local de trabalho, as chances desse comportamento se modificar são menos prováveis. Nesse ponto, você precisa considerar a possibilidade de procurar orientações de um profissional de recursos humanos, ou alguém confiável, para avaliar as possíveis resoluções desse problema.

Em segundo lugar, você precisa saber lidar com as suas próprias emoções negativas, independentemente do comportamento do seu chefe, assim você não vai reagir de forma autodefensiva o tempo todo (como responder às provocações ou obstruir o andamento do trabalho).

E o terceiro ponto. Uma vez entendendo e gerenciando suas emoções negativas, você pode trabalhar em uma forma de comunicar as suas reclamações e preocupações – mas de uma maneira construtiva –, trabalhando em prol da solução do problema.

Você se sente injustamente criticado por seu chefe, então, qual a melhor maneira de contrapor ao seu chefe e demonstrar seu desconforto com a situação?

Você precisa discutir suas preocupações e não confrontar seu chefe. Aí está a diferença. Você precisa conversar com ele sobre a situação de uma forma não antagônica. Como em um casamento, é preciso lidar com as queixas de uma maneira que não traga riscos à sua relação.

Qual a melhor maneira de responder às críticas excessivas do seu chefe?

Veja as críticas como uma valiosa fonte de informação para fazer as coisas de uma forma melhor, não como um ataque pessoal. Separe o seu ego pessoal da sua pessoa profissional. Tente controlar seus impulsos de reagir emocionalmente ou de forma defensiva.

Tente ver essas críticas como uma oportunidade para traçar um plano, com seu chefe, de seu futuro profissional. Posicione-se como parceiro da sua chefia nesse plano de desenvolvimento, em vez de se ver como vítima do poder.

Qual o nível de estresse no seu trabalho? Vem aumentando ou diminuindo?

As organizações ficaram mais enxutas e foram reorganizadas radicalmente nos últimos 10 a 15 anos, e isso trouxe maiores pressões e estresse. Há um medo persistente a respeito do desemprego e segurança no trabalho que está presente na maioria das pessoas empregadas atualmente. E o impacto da perda da posição de trabalho nos indivíduos e nas famílias é enorme.

Como é possível fazer que os empregados ajudem a diminuir o estresse no local de trabalho?

Quando os profissionais se sentem menos propensos a se enxergarem como “vítimas das circunstâncias que estão fora de seu controle”, eles se sentem mais motivados. Profissionais que são informados contínua e consistentemente sobre as avaliações de seu rendimento, assim como terem mais responsabilidades que estejam em sintonia com seus planos de carreira, tendem a ficar menos ansiosos e mais motivados.

Embora uma pequena parcela dos empregados ache que a segurança da manutenção dos seus cargos não é mais uma realidade, quando motivados por essas informações e pelo aumento de responsabilidades que podem nortear seu futuro, eles, em termos gerais, lidam melhor com suas atividades diárias.

Algumas vezes os empregados ficam hesitantes em falar com seus chefes sobre as críticas que eles têm sobre o trabalho. Há algum modo de deixá-los menos temerosos sobre possíveis retaliações nesse aspecto?

Esse tipo de medo de retaliação diminui quando são feitas críticas ao chefe de uma forma menos emocional e de uma maneira que não seja se colocando na defensiva. Dessa maneira – planejando o que será falado e sendo diplomático – é possível evitar que seu chefe se irrite com as críticas e, portanto, pense em retaliações.

Qual a melhor maneira de lidar com o estresse no ambiente de trabalho?

O estresse está sempre no centro das discussões. O que pode causar o estresse laboral em um profissional pode não ter o mesmo efeito em outros. Para os trabalhadores, a chave para lidar com esse estresse é saber especificar, dentro do ambiente de trabalho, o que especificamente causa essas respostas no seu organismo e na sua saúde mental. Uma vez identificado o que os deixa vulneráveis, esses profissionais podem criar estratégias para gerenciar o próprio estresse e aprender a lidar com esses estressores.

Se o indivíduo acha que não consegue gerenciar esse processo sozinho, ou se sente sobrecarregado, pode ser uma boa ideia consultar um profissional específico, como um psicólogo. A colaboração de um profissional pode ajudar enormemente esses indivíduos a lidar com seu próprio estresse.


Fonte: Agradecimentos a Marilyn Puder-York,
psicóloga clínica em Nova York, EUA,
especializada em assuntos relacionados ao estresse no trabalho.



Créditos: este material aparece originalmente em inglês como Managing your boss. Copyright © 2010 da American Psychological Association (APA).