Esta semana vim de carro para Curitiba.
Às vezes alterno avião e carro por um motivo simples: quando venho de avião, preciso sair de casa 2 horas antes do vôo para chegar ao aeroporto 1 hora antes, para então voar 1 hora e gastar mais 1 hora até o escritório: total de 4 horas.
Quando venho de carro demoro 4 horas e meia, vindo pelo litoral e sem precisar passar pelo centro de São Paulo!
Nestas oportunidades, eu paro EXATAMENTE no meio do caminho, num posto Graal da Rodovia Regis Bittencourt, o primeiro depois de sair da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega.
Eu sempre achei a equipe que trabalha lá muito atenciosa e rápida.
Também pudera: quando chegam os ônibus de excursão elas (a maior parte são moças) precisam ser rápidas para conseguir manter os clientes atendidos e satisfeitos – caso contrário podem perder a parada, que possui tempo controlado para chegar e sair.
Até então tudo bem, elas devem ter um treinamento muito rígido com processos repetidos à exaustão. Certo? Errado! Não há treinamento. As meninas são contratadas aos 17 ou 18 anos de idade, ficam acompanhando alguém mais velho e … pronto. Está feito o treinamento!
Eu perguntei para a moça do caixa como foi seu treinamento e ela disse:
“Nunca fiz treinamento. A gente entra, cola com alguém mais antigo e depende da nossa vontade de aprender. Eu já estou aqui faz 6 anos e já fiz de tudo: chapa, café, fiz até pão…. só não troquei óleo de caminhão ainda, mas já já aprendo”.
Assim como todas as outras moças, ela mora no alojamento do restaurante e estuda na cidade. A maior parte dos funcionários, segundo ela, é dali mesmo ou das cidades vizinhas. Como não há muitas oportunidades de trabalho, quem é contratado se dedica muito e conquista posições quando ganhar mais experiência – depende da sua vontade de aprender.
Sem treinamento. Aprendendo por repetição dos colegas e sendo competitivo para ganhar novas posições.
Não estou julgando a eficácia do método empregado pela rede de restaurantes de estrada, mas quão eficazes são os nossos treinamentos? Às vezes gastamos fortunas com eles mas o colaborador não a tem vontade de aprender, certo? O que move nosso cliente interno de verdade?
Eu estou buscando essa resposta, mas continuo a acreditar na força da capacitação e de uma boa seleção de talentos.
Na volta vou parar de novo no Graal, no que fica do outro lado da pista. O atendimento lá também é ótimo…
Boa semana!
Fonte: Blog Relacionamento - Gustavo Syllos
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