quinta-feira, 30 de junho de 2011

Estresse no trabalho atinge 100% dos brasileiros.

Não é de hoje que o estresse é apontado como um dos grandes males dos nosso século. Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e cada vez mais rápido, de fato, é difícil acompanhar tudo. Ainda assim, quando se trata de trabalho, as exigências só crescem. E, para fechar esse círculo que envolve pressão, exigências cada vez maiores, mercado competitivo e velocidade está o estresse.

É fácil encontrar um profissional que, por algum momento, afirmou que sentiu estresse. No Brasil, segundo pesquisa realizada pela Robert Half, todos os profissionais consultados disseram que estão estressados no trabalho. O estudo ouviu 2.525 executivos em dez países e apontou que 80% dos participantes de países como Áustria, República Checa e Dubai possuem estresse.

“Quando a pessoa vivencia uma situação de estresse, ela tende a achar que é pressionada o tempo todo. Sente-se sempre cobrada, de tal forma que, na maioria das vezes, nem consegue diferenciar o que é estresse e o que é cobrança”, explica o presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Aberto Ogata.

O estresse é considerado por muitos, como Ogata, uma doença, com prejuízos para além do ambiente corporativo. “O estresse gera um aumento na adrenalina, prejudica a concentração, piora o desempenho e causa problemas de saúde”, afirma o presidente executivo do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber.

Apesar de um ambiente de trabalho no qual se exige cada vez mais profissionais multitarefa, não é apenas isso que gera o estresse. Os especialistas concordam que existem profissionais que se dão muito bem com esse ambiente. Outros não. “São inúmeras as fontes de estresse e estas passam por diferentes ordens, que podem ir desde fatores relacionados à organização e processos do trabalho, até os fatores ambientais e relacionais”, explica Ogata. “A doença é multifatorial e não existe uma causa única. Temos de ver o indivíduo dentro de um contexto mais amplo”.

Otmar Winterleitner/iStockPhoto
O estudo da Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que
o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores
que geram o problema 


O cenário favorável


O contexto do profissional é que influenciará o surgimento do estresse. A consultora da Search RH Consultoria em Recursos Humanos, Fabiana Goes, explica que alguns comportamentos do próprio profissional podem favorecer a doença. “Trabalhar muitas horas por dia e passar muito tempo longe da família faz com que o profissional tende a ter mais estresse”, afirma a consultora.


O estudo da Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores que geram o estresse. Para as mulheres, esses fatores têm um peso maior, de 66% contra 49% dos homens. O aumento da carga de trabalho é o segundo fator que gera estresse para 47% dos brasileiros. Pressões do chefe consideradas desnecessárias foram indicadas por 44% dos profissionais como fator gerador de estresse.

Fabiana ainda aponta outros motivos como a incompatibilidade dos valores do profissional com os da empresa. “Por isso, é importante conhecer o lugar onde você vai trabalhar e entender um pouco da cultura organizacional”, afirma a consultora. Kelber completa a lista de fatores com possíveis desentendimentos com a liderança. E ressalta que o excesso de ansiedade também provoca a doença.

Esses comportamentos, explica Ogata, devem ser evitados, a fim de não criar um cenário favorável para a doença. “É importante que as pessoas consigam se afastar da tensão que o problema traz e foquem as energias na direção das alternativas de solução. Assim, elas passam a ter uma atitude mais positiva e resolutiva diante da dificuldade”, explica.

Um olhar sobre os problemas


Entender se o que está sentindo é estresse ou puro cansaço não é tão simples. Tanto é que a analista de research Fernanda Oliveira, 27, não entende por que há algumas semanas seu médico diagnosticou um estado de estresse. “Não entendo o motivo, porque não trabalho além do meu horário, nem sob muita pressão, gosto do que faço e ganho relativamente bem”, conta.


Ela conta que seu sono é um pouco agitado e que tem dores de cabeça crônicas há três anos. Por enquanto, Fernanda se concentrará nos esportes para tentar resolver um problema que ela não enxerga. “Terapia eu não procuro, porque não sou muito fã. Vou procurar um esporte mesmo”, diz.

Fernanda pode não enxergar o problema, mas ele pode existir, ainda que de maneira mais contida. Ogata explica que dores de cabeça constantes e distúrbios do sono são alguns dos sintomas da doença. Outros são alteração de humor, irritabilidade, depressão, alergias, tonturas, náuseas e mal estar. No extremo, o estresse pode provocar doenças no aparelho digestivo e até disfunções sexuais.

Busque alternativas


Kelber ressalta que, muitas vezes, o profissional não enxerga mesmo que está com estresse. “Você quer saber se está com estresse? Pegunte a um amigo”, diz o especialista. Ao contrário do que muitos acreditam, livrar-se do estresse é mais simples do que se pensa. “As pessoas geralmente acham que precisam fazer grandes mudanças em suas rotinas, para ter mais qualidade de vida”, explica Ogata.


Para manter esse equilíbrio, o presidente da ABQV dá dicas que podem ajudar no trabalho e na vida pessoal:
  • Busque entender de forma clara as expectativas dos seus superiores. Para isso, desenvolva a assertividade e capacidade de comunicação;
  • Equilibre o seu estilo de vida. Você precisa de tempo para manter seus relacionamentos, ter um sono repousante, praticar atividade física e ter tempo para o lazer;
  • Mantenha o otimismo. Avalie seu estado de espírito e procure ver as coisas sob uma perspectiva positiva;
  • Desenvolva mais as habilidades de delegar tarefas aos subordinados, priorizar e focar naquilo que realmente importa;
  • Aprimore o seu planejamento diário. Evite desperdício de tempo com reuniões inúteis e improdutivas;
  • Cuide-se bem. Busque o equilíbrio entre mente, corpo e espírito. Uma alimentação saudável é fundamental.
  • Liste os fatores de estresse em sua vida, reconheça-os e mantenha-os no nível consciente.
  • Procure desacelerar o pensamento negativo.
  • Mantenha o equilíbrio emocional.
Fonte: www.administradores.com.br

segunda-feira, 27 de junho de 2011

As ações falam mais que as palavras


As ações falam mais que as palavras: abordagens de uma Gestão Prática em RH.



Falar que as organizações precisam de inovação ou criatividade já é algo muito comum em tudo o que envolve a área de Recursos Humanos.



O momento agora deve ser outro...



Vamos substituir toda a teoria pela prática?



Quando falamos em ação, estamos falando em realizar algo novo, por isso vamos procurar nos atentar apenas aos resultados. Não importa se estamos falando de uma micro ou pequena empresa, ou até mesmo de uma organização de grande porte.



Primeiramente, podemos começar verificando se a sua empresa tem realizado avanço no que tange aliar divulgação do produto / serviço com uma tecnologia que proporcione facilidade e qualidade no atendimento. Só que vamos falar da tecnologia que precisa ter como primeiro ingrediente: a comunicação abrangente no contexto organizacional; afinal, não podemos esquecer que antes da tecnologia, vem a informação e só temos informação através da comunicação.



Será que por diversas vezes, algum resultado esperado, não foi apenas atropelado pela falta de estruturação de toda a empresa, ou melhor, dizendo, será que etapas não foram puladas?



Para isso, é necessário que nos atentemos a dois aspectos: custo e investimento. Não podemos esquecer que a melhor divulgação de um produto, se dá pelo seu colaborador, pois ele é o seu primeiro cliente, a pessoa que terá contato direto com o consumidor final. Ou seja, por que não investir em oportunidade de carreira, premiações, reconhecimento?



Quando falamos em oportunidade de carreira, muitos empresários têm como primeira opção recuar, visto que se lembram que novas funções combinam com novos salários... Mas por que, só novos salários?



Se pararmos por um instante para raciocinarmos sobre quais seriam as necessidades do ser humano, nos lembraremos que uma das grandes necessidades é a de sermos valorizados enquanto pessoas capazes de realizar nossas tarefas diárias, e porque não dizer, dos desafios que nos são propostos.



Diante desta necessidade, qual é o custo da seguinte frase:



- Parabéns, você realizou um excelente trabalho!



Acredito que sua resposta foi nenhum!



Quantas vezes esquecemos de combinar o que chamamos de estratégia organizacional, com a simplicidade do reconhecimento! Por muitas vezes, já presenciei organizações investindo em softwares caríssimos, novas tecnologias, e se esquecendo do principal: “o ser humano”.



A tecnologia somente dá resultado, quando aliada à comunicação verbal. E como as empresas se esquecem dela! A Mecanização das informações já se tornou tão rotineira que mal nos atenta ao fato de que o ser humano precisa se comunicar; se expressar.



Um líder, por exemplo, pode se expressar com um “bom dia” diferenciado. Esse “bom dia” pode vir acompanhado de simpatia, e até mesmo de um pequeno diálogo, com perguntas ao colaborador relacionadas à sua vida fora da empresa.



O que é mais interessante, eu posso lhe garantir, com apenas um “bom dia” desses, sua organização realizou um grande investimento! O investimento de saber lidar com o outro, e o que é mais importante, fez isso através de seus próprios líderes.



Quis dar esse exemplo, pois fica muito fácil colocarmos os paradigmas na frente das facilidades, partindo do pressuposto de que é costume criarmos entraves nas visões tão mecanizadas que já temos em nosso cotidiano. Por isso, utilizar o ditado: “Nem sempre o que parece, é”, se torna muito pertinente em diversas situações.



Dessa forma, é importante que dentre os novos modelos de Gestão de Pessoas que o mercado exige e a constante modernização da nossa tecnologia, você enquanto empresário, enquanto líder, possa se fazer uma constante pergunta:



- Sua organização ou você, exercita a comunicação verbal?



Se a sua resposta for sim, compreenderemos que existe troca de informações, interação, ambiente organização saudável; mas se a resposta for não, a hora de realizar uma ação efetiva, começa agora!



Não adianta termos a tecnologia mais sofisticada sem uma gestão eficaz, onde prepondere o respeito às potencialidades e necessidades de cada indivíduo. Esse respeito começa pela simplicidade de saber ouvir e pelo diferencial competitivo que só aparece quanto aprendemos a interpretar as necessidades internas, como predicados para atingirmos o cliente final.



Se formos classificar os consumidores de hoje, compreenderemos que eles não compram somente sua tecnologia; o primeiro fato nos quais se atentam é à sua qualidade, e não podemos esquecer que quem irá demonstrá-la é o seu colaborador, que independente do cargo que tenha, participou da compra de matéria-prima ou do processo de produção, ou ainda, do controle de qualidade e da venda, e será também ele que irá conquistar a confiança do seu cliente.



Por isso, esqueça a mecanização do “$” (cifrão)! Quando lhe falarem de custo e investimento, lembre-se que não há custo para reconhecer e valorizar; ao mesmo tempo em que seu funcionário precisa do investimento que lhe agregue conhecimento e desenvolvimento de habilidades, ou mesmo que lhe dê oportunidades. Essa sim, é a grande chave do sucesso!



Simone do Nascimento da Costa

Graduação Tecnológica em Gestão de Recursos Humanos 
Fonte: Site do Empreendedor (www.sitedoempreendedor.com.br)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Reflexão: Gestão do Tempo

Um consultor, especialista em gestão do tempo, quis surpreender a Assistência numa conferência. Tirou debaixo da mesa um frasco grande de boca larga.



Colocou-o em cima da mesa, junto a uma bandeja com Pedras do tamanho de um punho, e perguntou:



-"Quantas pedras pensam que cabem neste frasco?"



Depois dos presentes fazerem suas conjecturas, começou a meter pedras até Que encheu o frasco. E aí perguntou:



-"Está cheio?"



Todos olharam para o frasco e assentiram que sim. Então ele tirou debaixo da mesa um saco com gravilha (pedrinhas pequenas, menores que a "brita").



Colocou parte da gravilha dentro do frasco e agitou-o.



As pedrinhas penetraram pelos espaços deixados pelas pedras grandes.



O consultor sorriu com ironia e repetiu:



-"Está cheio?"



Desta vez os ouvintes duvidaram:



-"Talvez não.", responderam.



- "Muito bem!", disse ele, e pousou na mesa um saco com areia que começou a despejar no frasco. A areia infiltrava-se nos pequenos buracos, deixados pelas pedras e pela gravilha.



-"Está cheio?", perguntou de novo.



-"Não!", exclamaram os presentes. Então o consultor pegou uma jarra com água e começou a derramar para dentro do frasco. O frasco absorvia a água sem transbordar.



-"Bom, o que acabamos de demonstrar?", perguntou.



Um ouvinte, mais afoito, arriscou:



-"Que não importa o quão cheia está a nossa agenda; se quisermos, sempre conseguimos fazer com que caibam mais compromissos."



-"Não!", concluiu o especialista," o que esta lição nos ensina é que se não colocarem as pedras grandes primeiro, nunca poderão colocá-las depois...



E quais são as grandes pedras nas nossas vidas? A pessoa amada, nossos filhos, os amigos, os nossos sonhos e desejos, a nossa saúde.


Lembrem-se: "ponham-nos sempre primeiro. O resto encontrará o seu lugar!"


segunda-feira, 20 de junho de 2011

A verdadeira e total motivação


A motivação é algo que brota mais do coração que da mente das pessoas. Ninguém tem o poder de motivar ninguém. O que podemos fazer quanto muito, é sensibilizar as pessoas, tocando algo dentro delas que as leve, por si próprias, a abrirem esta porta.



A busca da motivação das pessoas é vital para atingir os tão esperados resultados de negócios. Sem motivação não há metas que se concretizem. A motivação é uma porta que só abre por dentro, É algo que brota mais do coração que da mente das pessoas. Ninguém tem o poder de motivar ninguém. Motivação é sempre automotivação, pois é a pessoa, a cada momento, que faz a escolha.

Motivação verdadeira não é ameaçar, sutilmente ou não, as pessoas com penalidades: isto é provocar o medo, a ira, a humilhação. A melhor imagem que representa uma pessoa motivada é um autêntico sorriso no rosto. A alegria é o melhor sinal da motivação.

Existem recursos perenes e voláteis para a busca da motivação. Os perenes se conectam as causas, ao passo que os voláteis se ligam mais aos efeitos. 

Palestras, encontros e workshops de motivação têm impactos altamente positivos, trazendo percepções novas sobre as tarefas, os relacionamentos, os desafios, a visão nova que se pretende implantar. Quanto mais a palestra ou workshop estiver ligado, alinhada e integrada à realidade concreta de uma equipe ou empresa, maior a possibilidade de não se criar uma "ilha da fantasia" e construir pontes para a realidade do dia-a-dia. 

Os líderes não têm poder de motivar ninguém, mas podem criar as condições para que as pessoas se motivem. Eles têm, no entanto, um enorme poder para muito facilmente "desmotivar". Na busca da motivação de suas equipes, os líderes podem criar condições para que ela floresça. É o papel do jardineiro, que prepara a terra, aduba, semeia, rega, tira as ervas daninha, afasta as pragas para que a motivação floresça. Os recursos para a verdadeira e total motivação indicam que os líderes devem assegurar os seguintes pontos, oferecendo condições para que as pessoas:

• Sintam-se participantes, conectadas e orgulhosas quanto aos propósitos de suas áreas, unidades de negócio e empresa. 

• Tenham o treinamento e a capacitação para as tarefas que executam. 

• Tenham as informações, equipamentos, ferramentas e materiais para o desempenho de seu trabalho.

• Tenham o reconhecimento emocional (reforço positivo) por resultados destacados que atingiram. 

• Tenham a recompensa material proporcional à contribuição que trouxeram salários, benefícios, bônus, prêmios, participações, etc.

• Tenham a possibilidade de auto-realização, de crescer e de se desenvolver tanto como pessoas, tanto como profissionais. 

• Tenham a possibilidade de criar, influenciar e melhorar processos, relações e ambiente de trabalho. 

• Sintam-se integrantes e participantes das equipes.

Integrando causas e efeitos, com ações perenes e voláteis, a motivação virá com toda a certeza, e com ela a correspondente contrapartida de dedicação, desempenho, entusiasmo e alegria.

ACADÊMICO: Ademilson Fernandes da Silva

FORMAÇÃO: Cursando Superior técnico 

em Gestão de Recursos Humanos

INSTITUIÇÃO DE ENSINO: FCG/FACSUL

LOCAL: Campo Grande/MS
DATA: Março de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Como pedir o consumidor em casamento?


O relacionamento entre marcas e consumidores evoluiu. Se antes ele era resumido apenas ao canal CRM das empresas, atualmente, alcança infinitas possibilidades, com o crescente uso das redes sociais e dos demais canais de contato com as marcas. O desafio hoje é como gerenciar esse contato 24 horas por dia para torná-lo produtivo, numa era em que a recomendação de amigos pode valer muito mais que uma campanha publicitária.
O relacionamento com o consumidor é construído de forma muito similar a todo o processo que conduz a um "casamento". A busca por essa relação duradoura e constante, cada vez mais valiosa, para que a marca possa se manter viva na mente e no coração do consumidor, precisa partir das empresas, mas tem sua amplitude definida pelo consumidor. Às marcas, cabe o papel de iniciar o diálogo, convidar o cliente para a conversa, diferentemente da informação unilateral que se via antes. Esta postura, de querer entender o consumidor, prestar um bom serviço e estar disponível para ouvi-lo pode ser o diferencial das marcas que pretendem ser ou continuar Top of Mind.
Assim como toda relação humana, o relacionamento com o consumidor exige cuidados. É fundamental construir uma comunicação relevante com o consumidor, com o objetivo de seduzi-lo e encantá-lo. Atualmente, o estímulo à traição desse relacionamento é muito grande, com um número cada vez maior de marcas e produtos disponíveis no mercado, e a tão sonhada fidelidade pode ser alcançada pela qualidade da relação oferecida. O foco precisa ser em como seduzir e encantar o consumidor a cada dia, a cada ocasião, a cada momento importante de sua vida.
Outro ponto importante do relacionamento construído com o consumidor é a busca pelo entendimento de suas necessidades. Somente a partir desta compreensão, as marcas poderão oferecer uma comunicação condizente com o que o cliente espera, a partir do compartilhamento de valores, crenças e expectativas. E esta comunicação precisa ser realizada em todos os pontos de contato com o cliente, desde a propaganda à rede social, passando pelo ponto de venda, publicações editoriais e patrocínio a eventos. A mensagem precisa construir um raciocínio único, com uma mesma linha, e adaptada a cada canal de contato.
Os resultados dessa relação são sentidos em dois dos aspectos fundamentais para as empresas: lucro e preferência do consumidor. O relacionamento cria raízes profundas e, quanto mais firmes, mais difíceis de se desfazerem. Se a marca esteve presente em momentos importantes, proporcionando uma experiência agradável e cuidando com muito carinho dessa relação, ela se destaca na lembrança do consumidor e, consequentemente, na sua opção no ponto de venda.
A revolução neste relacionamento, que vivemos hoje, deu mais voz a essa parceria. Com a inclusão das redes sociais nesta equação, o relacionamento começa a fazer mais sentido e atinge outro nível, o que traz uma complicação interessante: as marcas estão mais desprotegidas e os consumidores, mais poderosos. Isso porque uma situação enfrentada por um cliente pode ganhar o mundo em segundos, com a aprovação ou reprovação mútua de milhares de amigos e seguidores, independentemente se a marca está ou não institucionalmente presente na Web.
No caso de uma situação negativa publicada na rede, abre-se um grande potencial de inversão do episódio para a marca. Isso porque, embora estejam mais conscientes e mais informados, os consumidores também conseguem perceber as marcas que, preocupadas, têm a intenção de ouvi-lo e desfazer um mal entendido, melhorando seu relacionamento. Por isso, é fundamental que toda a equipe responsável pela comunicação com consumidores esteja imbuída deste espírito de solução.
O relacionamento ideal vem pautado em presença, confiança e compartilhamento de valores. Dois cases de sucesso nestes aspectos, como Coca-Cola e Apple, podem ajudar a ilustrar a receptividade do consumidor quanto ao oferecimento de um bom diálogo.
A Coca-cola tem uma plataforma de comunicação muito concisa e trabalha todos os canais de comunicação e redes sociais, com presença maciça nas redes e um alto nível de relacionamento. Realiza pesquisas constantes para entender o comportamento do consumidor, com respeito às "regionalidades", e com a intenção de não trair a confiança dos consumidores num mundo carente de valores positivos. O aumento do mix de produtos saudáveis e a Plant bottle são iniciativas para melhorar o elo de confiança e o relacionamento.
Já a Apple trabalha muito bem as questões de inovação e geração de experiência. Tudo o que envolve a marca e o produto tem o mais alto nível de qualidade, para ser relevante à necessidade do cliente. A marca busca a conversa para entender como os produtos se encaixam na vida das pessoas e investe em inovação pela experiência, não apenas pela tecnologia. O consumidor americano tem a sensação de que todo relacionamento com a marca é especial, desde o momento da compra, quando recebe um e-mail convite para participação em uma palestra sobre como aproveitar ao máximo os recursos do aparelho ou computador.
O futuro do relacionamento entre marca e consumidor levará à comunicação com indivíduos, não mais com consumidores. As pessoas querem pertencer a um grupo, mas querem ter identidades próprias. Por isso, a participação na vida das marcas ficará cada vez mais próxima, não só no momento da pesquisa por produtos, mas passando à opinião no desenvolvimento deles. Este é um caminho sem volta: os laços deste relacionamento tendem a ser cada vez mais fortes.
Fonte: *Leonardo Lanzetta
é sócio e diretor-executivo da DIA Comunicação 
e VP de Agências do POPAI Brasil
www.consumidormoderno.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Hotelaria: Liderança Natural ou a Cultura do Cartão de Visita?


A Hotelaria, entenda-se hotel, é por natureza uma área de gestão muito sui generis, no sentido onde, analisando a frio, o trabalho desenvolvido é de pessoas para pessoas, na tentativa de superar expectativas, criar emoções, marcar momentos e fidelizar utilizadores. Tudo isto através de uma necessidade básica…o dormir.
A crise económica actual veio acentuar velhas questões relacionadas com a Liderança e a Gestão de Equipas. As organizações, sejam empresas de caráter lucrativo ou de outro âmbito jurídico, vivem de pessoas, equipas e capital intelectual. Portugal especificamente, vive de capital intelectual, dado a elevada quantidade de empresas do sector terciário. Nessa realidade encontramos a industria hoteleira e mais especificamente os hotéis.
Analisando a frio, novamente, é a necessidade de dormir que leva os consumidores a utilizarem um hotel, a comprarem uma estada (estada significa: paragem ou demora em algum lugar; lugar que alguém ocupa para dormir, onde tem a cama), no entanto a gestão hoteleira moderna desvirtuou este conceito, atribuindo à estada um conceito de experiência ou emoção.
Se avaliarmos experiência no seu sentido primário, a experiência está ligada às sensações e à percepção.

Ora, estada + experiência é o nickname da Hotelaria Contemporânea.
Se esta conjugação revela a evolução positiva dos últimos 30 anos do conceito de hotel, em contra-ciclo a gestão e valorização dos Recursos Humanos tem vindo a ser diminuída e o conceito de serviço desvalorizado. A acrescentar a este facto a pressão dos custos e a redução das margens de contribuição, acompanhado de um aumento constante da oferta, e um crescimento fraco ou lento da procura coloca o binómio estada+experiência numa posição desconfortável, levando à erosão dos preços e a uma “estranha mixtura” de segmentos de hotéis.

Depois deste preambulo inicial, centra-mo-nos no tema deste post. A Liderança ou a cultura do Cartão de Visita.
Tem-se assistido na história recente a uma alteração substancial dos valores sociais e humanos. A postura pessoal tem tido uma evolução negativa, um realçar da concorrência desleal, da liderança pelo poder, da vivência pelo estatuto-validado-pelo-sentido-material-da-posse e do cartão-de-visita-com-uma-posição-de-organograma-elevada, no entanto despido de meritocracia mas carregado de incompetência e arrogância. Os interesses pessoais sobrepostos aos interesses das organizações, têm colocado o tecido empresarial, de média e pequena dimensão em elevado risco de colapso.
A liderança e o sucesso das organizações contemporâneas deve ser desprovida de status, mas impregnada de valores, reconhecimento, respeito e motivação do capital intelectual, que deve ser reconhecido e valorizado através da aceitação pelo mercado do serviço prestado.
Um líder dever ser natural e carismático e conquistar seguidores através do EXEMPLO, sendo por si só uma fonte de inspiração. Um líder poderoso lidera pela cultura do medo, dando azo à negligência e desmotivação dos seus colaboradores.
Fonte: Henrique Henriques

domingo, 12 de junho de 2011

Saiba quais são os sete pecados de quem perde tempo


Para ser um empreendedor de sucesso, saber administrar bem o tempo é uma qualidade essencial.  Muitas vezes, no entanto, parece que o relógio está “jogando contra” e fica difícil realizar tarefas e projetos dentro do prazo esperado. Em artigo publicado no portal Fator Brasil, Christian Barbosa, especialista em administração de tempo e produtividade, e fundador da Triad PS, empresa especializada em programas e consultoria na área de produtividade, apresenta o que considera “os sete pecados capitais” de quem perde tempo e deixa de produzir mais.
1- Não usar uma agenda. A agenda serve para otimizar o seu planejamento. Esquecer compromissos agendados durante a semana pode acontecer de vez em quando, mas se você não tiver algum meio de lembrar suas atividades, com certeza isso acontecerá sempre.
2- Má organização da semana. As pessoas acreditam que planejar a semana significa agendar todos os compromissos para segunda-feira. Isto é um erro. Você ficará tão acumulado com suas tarefas, que sua semana inteira será afetada pelo seu adiantamento.
3- Ambiente de trabalho desorganizado. Você mal consegue encontrar sua agenda na sua mesa? Então, comece já uma limpeza, deixe visível somente o que realmente necessita para exercer o seu trabalho. Assim, não perderá tempo à procura de sua agenda, caneta, óculos, etc.
4- Completar a agenda. Quem pensa que quando o dia está completo de compromissos vai render está enganado. As pessoas tendem a se esquecer das urgências, e elas sempre acontecem. Não lote a sua agenda de compromissos, deixe sempre algumas horas reservadas para as atividades extras que podem surgir.
5- Uso indevido da internet. A internet veio para tornar mais fácil o dia-a-dia e facilitar nosso trabalho, e não para tirar nosso foco das tarefas importantes. Ficar navegando durante horas e horas sem fins específicos pode se tornar uma das maiores perdas de tempo. Sempre que se conectar, tenha em mente o que procura e por que procura.
6- E-mail MSN. E-mail não foi feito para “trocar ideias” e conversar. Procure ser objetivo ao escrever correspondências eletrônicas. Foque o assunto e solicite uma resposta. Se for urgente mesmo, prefira ligar. O e-mail pode ser seu melhor aliado no trabalho, mas é fundamental saber usá-lo. Se você gosta de encaminhar correntes, por exemplo, não está no caminho certo.
7- Sem tempo para você: Deixar de cuidar das pessoas mais importantes da sua vida pode não ser uma boa ideia. Separe um tempo para você. Pode ser um curso que lhe traga satisfação ou a prática de exercícios. Lembre-se de que as pessoas à sua volta precisam de você e, para ajudá-las, você precisa estar bem consigo mesmo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

15 filmes que todo administrador deve ver

"O cinema é a arte do século XX e a Administração a disciplina. Ambos têm feito uma aliança para mostrar o empresário ou o administrador ao mundo". Assim define María Elena Carballo, ex-ministra da Cultura da Costa Rica e professora do Incae Business School, a relação entre o cinema e a Administração de Empresas.

Carballo explica que a sétima arte tem se interessado desde o início do século pelas figuras do empresário e do administrador, e as mostra para prover um campo de análise. E, na maioria das vezes, o faz de uma forma crítica, para que possamos estudar seu comportamento.

"Na vida real, não se pode fechar as pessoas em um globo para experimentar como em "O show de Truman", porque é antiético, mas você pode estudar sua acção com antecedência e, em seguida, traduzi-lo em uma obra, quer seja no cinema ou na literatura", disse Carballo.

Um dos ensinamentos que há no cinema, explica a acadêmica, é que ele mostra as múltiplas dimensões de quem tomas as decisões. "É a grande diferença que tem com os estudos de caso, onde você vê os resultados da empresas e do gerente em uma única dimensão. No cinema você vê sua vida íntima, como se esforçam para fazer sua empresa prosperar, mas também como traem, se enfurecem, algo que se aproxima muito mais dos seres humanos", afirma.

Para ela, isso é o que interessa conhecer nas escolas de negócios, e explica também que se abordam constantemente os temas que estão por trás do sucesso, como a solidão.

"Quando uma família faz uma homenagem ao empresário latinoamericano o pinta como um santo, e isso o distancia totalmente da realidade. Em geral, eles são pessoas com as mesmas falhas que temos todos, e isso é o interessante, seus problemas, seus erros, e como chegam a formar grandes conglomerados empresariais lidando com isso", explica a professora.

Nos Estados Unidos, aponta a ex-ministra, é muito mais fácil abordar esses temas no cinema, porque eles conseguem ver como heróis personagens como Bill Gates. Na América Latina, se exalta mais o herói militar ou o religioso. "Nós praticamente não temos filmes sobre administradores, porque se tende a pensar que são pessoas pouco interessantes ou desonestas, e esse mito tem que ser mudado ensinando as pessoas histórias de empresários que têm feito coisas boas, mas que cometeram erros também", defende.

Estudos de caso

O professor da escola equatoriana Espae-Espol Francisco Alemán, orientador de um cine-fórum para estudantes de MBA chamado "Hollywood e Administração", crê que o uso de filmes pode ajudar na compreensão de determinados modelos teóricos, mas também de como os personagens são influenciados pelos comportamentos organizacionais e as motivações gerenciais, que são parte desse mundo real.

"O cinema é um bom meio de descrever os comportamentos humanos, organizacionais, os processos de tomada de decisões, a comunicação, os estilos de liderança e tudo que tem relação com um tema específico", afirma o professor. Além do mais, explica que o tema dos estudos das escolas de negócios são os casos, e o cinema dá um maior realismo a esses casos.

Os filmes que um administrador não pode perder:

Divulgação
Cena de "Amor sem escalas", com George Clooney


1 – Amor sem escalas (Up in the air, 2009)

Trata de um executivo que viaja o mundo com a missão de demitir trabalhadores de empresas multinacionais, e, de repente, chega em seu departamento uma mulher que resolve implantar um processo de demissões por videoconferência. Entra em cena um conflito entre gerência tradicional e gerência nova, que salta das escolas de negócios transformando as relações. "George Clooney (o protagonista) representa a geração que se defende muito bem das mudanças tecnológicas e consegue, nesse sentido, se sustentar", afirma Alemán.

Outro conflito presente é o da comunicação. O personagem tem um esquema de comunicação em que não escuta, não lê os sinais, o que resulta em um grande erro. Segundo Carballo, mostra um problema psicológico do personagem. "Ao fazer essa coisa tão horrível que é despedir as pessoas, se protege viajando constantemente sem ter relações interpessoais constantes. Assim, desenvolve uma armadura para não se comprometer emocionalmente com ninguém, e quando se compromete já é tarde", afirma.

2 – Ponto Final – Match Point (Match Point, 2005)

"Aí está o personagem arrivista, típico do século XIX, que vai chegar ao topo de qualquer jeito", diz o professor. O personagem principal, um tenista aposentado que dá aulas a milionários em Londres, é traído por sua própria ganância e, ao mesmo tempo, pelo sexo e a paixão.

3 - Enron: The Smartest Guys in the Room, 2003

Documentário sobre a fraude e posterior falência da empresa norte-americana Enron, um caso fantástico para tratar de ética profissional, indica Alemán.

4 – Treze dias que abalaram o mundo (Thirteen Days, 2000)

Aborda a crise dos mísseis em Cuba, em 1962. Explora o modelo de decisões do agente racional e expõe conceitos interessantes sobre tomada de decisões e estratégias.

5 - A Verdade dos Bastidores (The Quiz Show, 1994)

Trata de um caso real dos anos 50: um engano massivo da televisão, aborda o tema da corrupção. "É para pensar o início da carreira. Nele, três jovens tomam decisões que serão definitivas para suas vidas profissionais", conta Carballo.

6 - Barbarians at the Gate, 1993

Descreve o golpe mais famoso na história da RJR Nabisco. Os temas interessantes para se analisar são: LBO, Teoria da Agência, Fusões e Aquisições.

7 – Encontro com Vênus (Venus Meeting, 1991)

"Um diretor da Europa Oriental chega para conduzir uma orquestra onde predomina a Europa Ocidental. Mostra o quanto é difícil conseguir o sucesso em outra região. Excelente filme para analisar a liderança intercultural", diz Carballo.

8 - Com o dinheiro dos outros (Other People's Money, 1991)

Trata de uma empresa adquirida de maneira fraudulenta e as transformações que decorrem disso. "Nele, aprendemos sobre gerência das mudanças, resistência às mudanças, os valores da empresa antiga e como resgatá-los", afirma Alemán.

9 – Crimes e pecados (Crimes and Misdemeanors, 1989)

Esse filme mostra dois homens de sucesso que devem enfrentar diferentes dilemas éticos. "Trata muito bem do tema crime e castigo", afirma Carballo.

10 - Tucker (Um homem e seu sonho, 1988)

Trata de um empresário que quis introduzir inovações nos automóveis de sua época para criar "o carro do futuro", potente, rápido e aerodinâmico, e se depara com diversos obstáculos, mas consegue desenvolver suas propostas.

11 – O último imperador (El Último Emperador, 1987)

É a história do último imperador chinês, que subiu ao trono aos três anos de idade. Serve para ver o estilo e entender como o líder nunca está só e encontra-se sempre rodeado de uma equipe que o molda.

12 – Wall Street 1 – Poder e cobiça (Wall Street, 1987)

Apresenta o homem ganancioso e inescrupuloso capaz de fazer o que seja por dinheiro. "Mostra muito bem o perigo que é o tema do manejo da informação confidencial no mercado de valores, e também diferentes faces da liderança", afirma Alemán.

13 - Gandhi (Gandhi, 1982)

Biografia do líder indiano que lutou contra os abusos da ocupação inglesa e junto a outros líderes levou finalmente a independência ao seu país em 1947. "Desse filme pode-se tirar grandes lições de liderança", afirma Carballo.

14 – Doze homens e uma sentence (Twelve Angry Men, 1957)

Nesse clássico pode-se explorar temas como eficiência da decisão coletiva, liderança, persuasão, comunicação.

15 – O cidadão Kane (Citizen Kane, 1941)

"É um filme extraordinário, que está entre os 10 melhores da história. É uma obra indiscutível de um cineasta jovem, cujo protagonista associa para sempre a solidão e o sucesso profissional, uma dicotomia real de que, se somos exitosos, somos solitários", explica Carballo.