Estou cansado desse papo de sustentabilidade permeando todos os produtos e campanhas que fazem parte do nosso dia a dia. Sabemos da responsabilidade (individual e também coletiva) que carregamos: o Planeta foi usurpado por muito tempo sem a atual preocupação de consumir os recursos naturais de forma que não afete as próximas gerações. Mas a impressão que tenho hoje é que escrever “sustentável” no enxoval de um produto/serviço se tornou uma forma clichê de dizer que se você (empresa) se preocupa e, muitas vezes, ainda se aproveita para tirar mais dinheiro do bolso dos seus consumidores com esse papo verde.
Meu avô dizia que “quem faz pra valer, não conta pra se vender”. E ele tem razão. Há muito tempo vi no Globo Repórter a história de um alemão que falsificou centenas de documentos e enganou o exército nazista para desviar um trem lotado de crianças judias com destino a câmara de gás, e assim salvá-las. Fez isso e não contou pra ninguém, até que 50 anos depois, a esposa – numa faxina no sotão de casa – encontrou esses documentos num baú… e levou a história a público. E quando o repórter questionou a razão dele não contar para ninguém, a resposta foi: “fiz o que era preciso ser feito”. Um herói silencioso (assista aqui).
Não é exagero dizer que hoje é o nosso futuro a caminho do holocausto: água, prata, ferro e hélio já são alguns dos recursos que estão perto do fim. E, embora exista uma artilharia de mensagens do tipo “somos uma empresa sustentável”, ainda são poucos os movimentos que nos ajudam a entender e fazer a nossa parte (em conjunto com as companias), sem lucrar mais ainda conosco. Falo por mim: pouco importa se meu banco, supermercado ou tv a cabo me dizem “somos sustentáveis”. Não posso acreditar nesses discursos, sabendo que grande parte dos maus tratos que nosso planeta sofre são consequências do crescimento econômico, que causa uma demanda maior na exploração dos recursos naturais.
Imagine só…
Hasta la vista, Baby!!!
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