domingo, 27 de novembro de 2011

Quando os culpados são sempre os outros

Vivemos em um mundo em que as coisas para serem consideradas boas, tem que ser executadas rapidamente. Não raro, quando vamos ao restaurante e a refeição demora um pouco a ser servida ficamos impacientes, quase sempre quando delegamos uma tarefa esperamos



Vivemos em um mundo em que as coisas para serem consideradas boas, tem que ser executadas rapidamente. Não raro, quando vamos ao restaurante e a refeição demora um pouco a ser servida ficamos impacientes, quase sempre quando delegamos uma tarefa esperamos que ela seja preparada quase que instantaneamente.

Quando falamos ao celular e a outra pessoa não se comunica com a mesma agilidade, nos sentimos incomodadas e desejamos encerrar o contato. Já não temos mais tempo para o cafezinho com o amigo e quando eventualmente cruzamos com ele pela rua, trocamos um “alô” rápido e sem interromper a caminhada; quando enviamos um email e a pessoa demora um pouco para retornar, reagimos queixosamente.

A verdade é que o mundo dos dias atuais parece mesmo ser marcado pela velocidade, pressa, estresse de tantos afazeres. Nós nos tornaremos pessoas impacientes para sempre? Quais serão as consequências disso?

A pressa e a impaciência podem causar muitos problemas em nossa vida, e um deles é o risco de trocarmos o essencial pelo urgente. Deixar de sentar-se a mesa com a família, não encontrar tempo para passear com a esposa e os filhos ou reunir-se com os amigos, são apenas alguns exemplos de perdas iníquas. 

É a partir daí, que perdemos alguns vínculos e começamos a construir uma sociedade em que a família não se conhece como deveria: filhos sem diálogo com os pais, idosos abandonados em asilos ou dentro de suas próprias casas, pois seus entes queridos não tem tempo para visitá-los regularmente, vez por outra manda-se um torpedo e email e nos finais de semana um rápido “alô” por telefone.

E é neste contexto que encontramos as desculpas para não fazer outras coisas, como ir à igreja, viajar com a família, zelar e buscar novas amizades etc. Mas, o interessante é que para assistir programas de televisão, ficar horas a fio na frente do computador, conversar fiado a respeito da vida alheia ou outras futilidades, há sempre tempo. 

Então estamos nos tornando pessoas vazias e artificiais? De quem é a culpa afinal? Da sociedade, tecnologia, ritmo frenético da vida? Sim, pode ser um pouco de cada coisa, mas o maior culpado é aquele que acha tudo isso normal e nada faz para que a vida, o convívio familiar, os relacionamentos sejam atenciosos, respeitáveis e prazerosos. Afinal de contas, é mais fácil encontrar culpados do que assumir responsabilidades e agir para mudar. 

Pense nisso e ótima semana,

Fonte:Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Blog: www.evaldocosta.blogspot..com
E-mail: evaldocosta@evaldocosta.com
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Hasta la vista, Baby!!!!

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