domingo, 25 de março de 2012

Liderar e Servir: Paradoxo ou Realidade?

Em uma época em que o termo liderar ainda é confuso para um grande número de pessoas, encontramos um novo líder surgindo nas organizações: o líder servo. 

Não se trata de uma nova modalidade de liderança, pois este procedimento é encontrado ao longo da história desde há muitos anos, mas ultimamente, verdadeiros líderes vêm se conscientizando da necessidade de liderar e servir, que para muitos é a única forma perene da liderança. O termo líder-servo une dois opostos cujo entendimento depende da sensibilidade das pessoas. O líder servo é a união dos dois extremos: lidera e serve a equipe sob seu comando. 

Indivíduos que praticam cada um destes conceitos isoladamente apresentam comportamentos diametralmente opostos, porém aqueles que os praticam em conjunto têm uma liderança verdadeiramente eficaz. O servo está sempre disposto a ser útil, segue ordens, mas mantém em seu coração a disposição de proporcionar o bem estar ao próximo. 

O líder é aquele que vê mais longe, enxerga sobre os ombros dos outros e traz sobre si a responsabilidade de levar um grupo a um objetivo pré-determinado. O grupo segue o líder porque ele conhece o caminho e o mostra à sua equipe, que confia no seu comando. 

O líder servo é um agente de mudanças, pois consegue transformar um sonho em realidade, com ações baseadas na sua visão, que é ampla e dirigida ao bem comum. Ele consegue servir sem perder a liderança, estreitando relacionamentos e trazendo cada vez mais seguidores para o seu convívio. Os liderados têm satisfação e prazer em colaborar para que objetivos sejam atingidos, solidificando sobremaneira o relacionamento entre os membros da equipe, reduzindo drasticamente o espírito competitivo, onde todos sabem o que querem e onde pretendem chegar, e formando um conjunto harmonioso costumam atingir todas as metas determinadas. 

Organizações têm gasto milhões de reais em treinamentos e seminários visando incutir em seus colaboradores a necessidade e disposição de sentirem-se co-proprietários e “vestir a camisa da empresa”, no que os líderes têm alcançado algum sucesso com suas equipes, mas dificilmente conseguido transferir este sentimento do grupo em relação a empresa. 

Observamos que Pastores têm uma habilidade muito grande em fazer com que seus fiéis sintam-se co-proprietários das Igrejas e para que exerçam trabalhos voluntários em benefício do grupo. O tipo de liderança exercido por estes pastores deve ser analisado, repensado e adaptado para implantação nas empresas, pois cada vez mais necessitamos de equipes realmente motivadas a colaborar para que as metas sejam atingidas. Isto somente será conseguido quando estiver incutido no espírito de todos que o ato de servir deve estar presente em todos os relacionamentos.

 As equipes lideradas por um líder servo são eficazes e muito produtivas, onde todo o grupo compartilha conhecimentos e pratica o mentoring mútuo com nítidos benefícios ao grupo e à organização. Esta necessidade nos alerta para que os lideres passem por um processo que os transformem em servos sem perderem a sua liderança, o que implica em aprender muitas coisas e desaprender outras. Antes de tudo é primordial que haja um deslocamento da necessidade de realizar, bastante presente no líder, para o desejo de ser. O ser aflora o servir que conduz ao nascimento de um líder servo. 

Neste processo precisa ficar bastante transparente que o compromisso dos membros de uma equipe passa a ser com os princípios e não com os chefes, sepultando o antiquado “culto à personalidade”. O resultado das atitudes de um líder-servo é uma nova visão de homem, um conceito de poder e valores organizacionais diferentes dos praticados atualmente, pois integra o trabalho, a família e humaniza a organização, tornando-a um meio de crescimento pessoal e de auto-realização. 

Uma pergunta bastante instigante sobre liderança pode ser encontrada no livro O Vôo do Búfalo, de BELASCO & STAYER: Manadas de búfalos costumam seguir cegamente seus líderes, enquanto os pássaros voam em "v", ou seja, na impossibilidade de liderança daqueles que vão à frente, os demais assumem a direção do vôo, cada qual em sua vez, sem prejudicar a trajetória. O desafio que o livro coloca é: como colocar os búfalos em "v"? O meu conselho é que os “líderes” búfalos esqueçam algumas coisas e aprendam outras, entre elas que consigam fazer suas equipes tornarem-se comprometidas com o bem comum, com o líder servindo a todos e todos servindo o líder. 

Fonte: Cleyson Dellcorso cleyson@wcamentoring.com.br

Hasta la vista, Baby!!!!

terça-feira, 20 de março de 2012

Conflitos e emoções: quais os impactos para sua vida profissional?

A sociedade em que vivemos é tensa, empresas nem se fala, são cenários de conflitos individuais, coletivos e as consequências são visíveis. Eles surgem em todos os níveis, por diversas razões e em função do ajustamento entre o que queremos versus o que é permitido e com o que fazemos. Devemos considerar os modelos mentais como a base dos nossos pensamentos e comportamentos. O que acreditamos que é o certo, o que nos ensinaram na vida familiar, social, nem sempre corresponde com a realidade em que vivemos. Ao mesmo tempo, surgem também os conflitos do próprio negócio, com clientes, concorrentes, mercado etc. O que mais percebemos fortemente nas empresas são os conflitos de interesses, os pessoais sobrepondo-se ao da empresa, da coletividade, como também aqueles que surgem frente ao sucesso, inveja e o jogo de vaidade. A administração de conflitos é acima de tudo lidar favoravelmente neste cenário, situações adversas e com a diversidade. Ela gera conflitos, porém é ela que quando provocada corretamente, busca a solução.

Considero os conflitos como maiores motivadores e quando ignoramos deixamos de aprender com eles. Escondemos debaixo do tapete e não enxergamos a possibilidade de criar, inovar, progredir e gerar o bem estar.

Ele é positivo quando discutimos a respeito, seus sentimentos provocados, forma de pensar, desejos, realizações e frente a ele surgem idéias, soluções inovadoras, descobertas.

Quando a liderança favorece o livre pensar, apresentar soluções, respeita a individualidade e atua coletivamente tudo fica mais fácil.

Passa a ser nocivo, quando é encobertado, ignorado, favorecendo mais as frustrações do que realizações. Como resultados podem observar vários problemas, exemplo: doenças psicossomáticas, estresse, perdas para os negócios e sociedade.

Independente do cargo ou da relação como chefe, subordinados, pares, clientes internos ou externos a questão está centrada em três aspectos: saber ouvir, como lidar com a diversidade e a inovação como ferramenta de solução. Para isso é importante:

Ouvir incondicionalmente - Vejo o diálogo como ponto de partida, agora, escutar é diferente de ouvir. Muitas vezes escutamos pensando na resposta isso não é ouvir incondicional. É ler os sentimentos, reconhecê-los, entendê-los e não escutar somente o que desejamos. O coeficiente da Adversidade ( QA)é fundamental, nos ajuda a buscar respostas para várias perguntas e a lidar com o inesperado. É ele que nos convida a pensar: Se pudesse melhorar um pouco essa situação o que faria?

A diversidade - Cada um tem a sua forma de sentir, pensar, agir e em alguns casos poderá ser divergente. Cada pessoa vê as coisas com os olhos que tem, diz o ditado popular, ou seja, sentimos, pensamos e agimos de acordo com o nosso modelo mental, que é único, particular. Além desta questão cada ser humano tem a sua inteligência predominante, alguns possuem inteligência lógica, outro lingüística, interpessoal, intrapessoal, ou seja, o funcionamento cerebral também é particular, permitindo com que as pessoas percebam o mesmo estímulo de forma diferente. Lidar com a essa diversidade é reconhecer estas diferenças aproveitá-las da melhor forma possível.

A inovação - Tenho percebido os resultados efetivos nos meus clientes diante da prática e do uso da criatividade e da inovação na solução de conflitos. Elas favorecem juntar situações, idéias opostas. O principio da dialética da criatividade é pensar com a cabeça na lua, mas com os pés no chão, buscar a interatividade é solucionar problemas. O pensamento criativo permite dar respostas diferentes a antigos e novos problemas com pares, superiores, clientes e negociadores. Pense nisso e até breve!

Fonte: Maria Inês Felippe - Consultora e Palestrante, 
especialista em Criatividade,
 Inovação e Gestão de RH. 
E autora dos livros: Conflitos e Emoções -
 Encare e busque o bem estar! 
E do 4 C's para Competir com Criatividade
 e Inovação ambos pela Editora Qualitymark.

Hasta la vista, Baby!!!!

sábado, 17 de março de 2012

As 3 diferenças entre a pessoa produtiva e a pessoa ocupada

Uma frase extremamente comum no mundo corporativo é “Não tenho tempo para nada!”. Como fã da democracia, eu sou obrigado a discordar! O tempo é um dos poucos recursos que todas as pessoas têm, igualmente.

Por outro lado, a forma que você aproveita as suas 24 horas, aí sim são outros 500.

Se está entre as pessoas que “não tem tempo pra nada”, confira abaixo algumas diferenças de postura que podem te levar a um dia-a-dia muito mais produtivo.

1. Ocupar o tempo vs. aproveitar o tempo

Existe uma coisa chamada Lei de Parkinson, que diz que “O trabalho se expande para preencher o tempo disponível para ser concluído”. Ou seja, se você fala pra uma pessoa ocupada “Você tem até tal hora para entregar algo”, essa pessoa dará um jeito de ocupar essas horas, mesmo que o prazo esteja extremamente folgado.

Por outro lado, as pessoas produtivas pensam “Preciso entregar essa tarefa. Vou dar um jeito de aproveitar as horas que tenho e entregar o máximo possível”.

Com esses pensamentos diferentes, dificilmente uma pessoa ocupada entregará algo antes do prazo. Em compensação, a pessoa produtiva está sempre pensando em formas de entregar além do esperado.

2. Fazer o que acontece vs. fazer acontecer

Uma pessoa “ocupada” se distrai muito fácil. Isso acontece porque sem um objetivo claro, qualquer interrupção parece relevante e o que é importante mas não é urgente fica sempre deixado pra depois.

A pessoa produtiva sabe que precisa alcançar um objetivo importante. Tudo que não estiver relacionado com esse objetivo deve ser ignorado até o objetivo seja alcançado.

Faz sentido imaginar um piloto de F1 checando o Facebook a cada 5 minutos durante a corrida? Por que faria pra você?

3. Seguir as regras vs. criar as regras

Pessoas sem postura produtiva normalmente recebem uma sequência de tarefas e saem executando sem entender muito bem o porquê. Isso tira a motivação e aumenta muito a dificuldade da tarefa.

Em compensação, pessoas produtivas fazem questão de entender exatamente onde precisam chegar. A partir disso, elas conseguem criar seus próprios planos e executá-los de maneira eficiente.

Conclusão: Produza ou descanse, enrolação é desperdício
Que fique bem claro, trabalhar 37 horas por dia dificilmente é a coisa mais produtiva a se fazer. Assim como qualquer máquina, o corpo humano precisa de manutenção e se você não tiver momentos para descansar, uma hora a máquina quebra.

Por isso, não tem problema algum checar Facebook, tirar um cochilo ou levantar pra tomar uma água, desde que seja num momento em que você esteja conscientemente descansando.

Se quiser se aprofundar no tema, temos um workshop de 1 hora sobre gestão do tempo e aumento de produtividade.

Por apenas 25 reais (menos que uma ida ao bar) você aprenderá muito sobre ferramentas e técnicas para tornar seu dia-a-dia muito mais produtivo. Veja mais aqui.

Abraços,
Millor Machado (produtivo enquanto ocupado)

Fonte:Millor Machado 
é formado em Engenharia da Controle e Automação pela Unicamp
 e tem experiência nas áreas de Recursos Humanos, 
Análise de Mercado e Vendas. 
Atualmente trabalha com desenvolvimento de produtos
 e planejamento estratégico na Empreendemia 
e é um dos editores do blog Saia do Lugar.

Hasta la vista, Baby!!!

terça-feira, 13 de março de 2012

Espiritualidade nas empresas


A espiritualidade, que sempre esteve mais restrita às religiões, está hoje penetrando campos inesperados. Quando poderíamos imaginar que empresários e executivos buscassem ajuda em atividades tão diferenciadas, dentre as quais estivesse a espiritualidade? Quando poderíamos imaginar que um dia pudessem ser realizados congressos com a presença deste tema? Ficamos admirados com sua emergência e imaginamos que isto tenha acontecido de repente. Sem que pudéssemos esperar, a espiritualidade nos surpreende ao surgir como uma espécie de tábua salvadora para nossas angústias atuais. É o que parece, mas a espiritualidade vem sendo semeada há muito, inclusive por homens de ciência. Segundo o físico Fritjof Capra, um dos artigos de Einstein criou a mecânica quântica e com ela emergiram paradoxos que abalaram os físicos da época. Descortinou-se um mundo novo, provocando reflexões como esta do físico Werner Heisenberg: "será este mundo tão absurdo como nos está provando nossas pesquisas?". Esta expressão deveu-se a mudanças como esta expressada pelo físico Niels Bohr: "as partículas materiais isoladas são abstrações, e suas propriedades são definíveis e observáveis somente através de sua interação com outros sistemas".

Semelhantemente aos físicos, talvez a globalização nos esteja ajudando a descobrir um mundo novo dentro das organizações. A tensão atual tem feito com que empresários e seus gerenciadores permaneçam abertos a qualquer possibilidade de ajuda. A angústia tem sido muito intensa. Não se pode perder oportunidades e a espiritualidade parece mostrar-se como um caminho adequado. Contudo, não há possibilidade das organizações colherem os expressivos frutos resultantes da espiritualidade, se empresários e seus gerenciadores não estiverem verdadeiramente envolvidos com seus propósitos. "Se qualquer organização quiser sobreviver, terá que promover radicais transformações em si mesma. Estas não se referem a estrutura, mas sim aos valores, essencialmente, aos valores do coração e da alma", diz Judi Neal, professora de gerenciamento da Universidade de New Haven.
Portanto, compreender a espiritualidade significa questionar paradigmas usuais, ver uma realidade diferente daquela de costume, encontrar formas menos sofridas de convivência, entender nossa interdependência e necessidade de ajuda mútua. Essas questões ficam veladas pela aparência das coisas, mas nas organizações tornam-se mais visíveis na medida em que nos perguntamos: "quais são as marcas da evolução das organizações inclusive empresariais? Não nos é exigido grande esforço para perceber que uma dessas marcas é a fragmentação: foco técnico de um lado e foco humano do outro, departamentos organizadamente separados, cada indivíduo na sua posição hierárquica, realizando a específica função para a qual se especializou. Isto significa que traçamos limites divisórios, mas "o resultado de tal violência, apesar de ser conhecido por muitos outros nomes, é simplesmente infelicidade", diz o bioquímico Ken Wilber. Traçar limites significa dar origem a antagonismos, inventar batalhas, fomentar competições, criar inimigos. As divisões podem até ser úteis como referenciais, mas quando as transformamos em verdades, temos como conseqüência o fomento das atitudes defensivas, as quais tendem a imobilizar uma empresa. A energia humana que poderia ser integralmente utilizada na produtividade, é desviada para a defensividade, porque, competição significa ameaça e quem se sente ameaçado se defende.

Não há separações como nos demonstram o físico Albert Einstein: "um ser humano (...) concebe a si mesmo, (...) como algo separado de todo resto, uma ilusão de ótica de sua consciência...", o filósofo e matemático Alfred North Whitehead: a "comunidade das realidades do mundo significa que cada acontecimento é fator na natureza de todos os outros..." e os mestres taoístas Sen Tsan: "... a Verdadeira Mente não é dividida, quando nos pedem uma identificação direta, só podemos dizer: Não-Dois", Lao Tsé: "Com o barro o oleiro faz o vaso, mas este só ganha significado pelo seu vazio interior. Assim são as coisas físicas, parecem o principal, mas o valor está na metafísica". Podemos perceber claramente uma convergência entre físicos e místicos, definindo uma identificação entre espiritualidade e unidade universal.

Como partes inseparáveis do universo, não somos apenas responsáveis por nós, mas por tudo o que nos cerca e por tudo o que fazemos. Por mais paradoxal que pareça, temos que aprender a cuidar de nós mesmos na medida em que cuidamos dos outros. Pode-se pensar: "como posso não estar separado, se não sinto a dor que o outro sente?" Isto é tão somente uma verdade aparente, pois ampliando nosso nível de consciência, sentiremos a dor como o outro a sente, da mesma forma que a mãe sente em relação ao filho. Um exemplo marcante está na relação entre Mao Tsé Tung e Dalai Lama. Mao invadiu o Tibete, destruiu a quase totalidade de seus templos e exterminou inúmeros tibetanos. Quando de sua morte, perguntaram ao Dalai Lama: "e agora que Mao morreu o que o Sr. tem a dizer?" O Dalai Lama respondeu: "é mais uma alma para a qual eu tenho que rezar". Para os Lamas tibetanos, o chinês não é um povo cruel, mas tão somente ignorante, ou seja, não sabem o que ainda estão fazendo. Contudo, os chineses obrigaram os tibetanos a espalhar a mensagem que visa transformar o planeta num paraíso semelhante àquele em que viviam.

Fragmentar significa perder. Por exemplo, ao separar o foco técnico do foco humano, valoriza-se um em detrimento do outro, pois somente assim pode-se escolhe. Toma-se o escolhido e joga-se fora o outro, despreza-se o que há de interessante no foco descartado. Por considerarem ingênuas as abordagens que baseiam-se no foco humano, mesmo porque, lidar com o humano exige um preparo que empresários e gerenciadores negam-se a alcançar, optam pelo foco técnico e perde-se o potencial contido dentro do humano. Wilber nos diz: "a consciência da unidade é o verdadeiro território sem limites". Cristo nos deixou: "a fim de que todos sejam um; como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós" (João 17:21). É preciso repensar as idéias fragmentadoras da realidade ou Cristo e Wilber está completamente errados. São fatos que indicam que espiritualidade significa caminhar em direção à integração, à união, à unidade universal. Qual a possibilidade de começarmos a refletir sobre a ajuda que a espiritualidade pode fornecer às organizações, inclusive empresariais? Precisamos entender que a espiritualidade configura-se como um caminho que nos ajuda a desenvolver a consciência de estar neste mundo de um modo responsável. Ser responsável por si mesmo significa ser responsável também pelos outros. Para tornar possível o alcance da consciência deste fato, é preciso libertar a própria essência. Está na essência de cada um o maior potencial de contribuição à disposição da sociedade, um bem deveras precioso para ser jogado fora como temos feito desde a revolução industrial. A espiritualidade pode ajudar-nos a assumir nossas responsabilidades perante a vida em todos os sentidos, dos quais a responsabilidade profissional é apenas uma.

FONTE: Gilberto Velloso
RHPortal.com.br

Hasta la vista, Baby

terça-feira, 6 de março de 2012

Os erros fatais nos primeiros 90 dias no novo emprego

Confira quais os delizes mais comuns ao estreiar sua carreira em outro ambiente profissional

O mercado de trabalho está em ebulição e a guerra por profissionais qualificados nunca foi tão agressiva. Mesmo assim, segundo levantamento feito pela consultoria Havik no ano passado, de cada 200 profissionais contratados, cerca de 20 não duram nem um ano no novo emprego. Nos Estados Unidos, este índice é de 25%, segundo a consultoria.

“A aterrissagem numa nova empresa é sempre um desafio para a carreira , isso mexe com toda a questão comportamental”, afirma Fernando Góis, sócio da consultoria Havik. Na berlinda, aspectos relacionados ao domínio que você tem sobre determinados conhecimentos técnicos para o cargo em questão, fatores de alinhamento com a cultura da empresa e questões comportamentais.

Confira no que os profissionais recém-contratados mais erram nos primeiro 90 dias dentro da empresa.


1. Não buscar se ambientar


Primeiro grande erro de um recém-chegado na empresa? O famoso “chegar chegando” sem compreender muito bem quais as entrelinhas das relações e cultura da companhia em questão.

“O profissional chega querendo dar o tom, enquanto deveria entender quais são os códigos. Sem entender isso, ele erra muito a mão já nas primeiras impressões”, diz o especialista da Havik.

“A pessoa chega com a ansiedade de querer gerar resultado logo e mergulha no dia a dia, mas acaba atropelando tudo”, diz Carlos Eduardo Altona, sócio-diretor da Exec. “Se o profissional dedicasse, pelo menos, uma hora por dia para estudar a empresa, provavelmente, geraria um resultado melhor”.


2. Falta de resiliência


Mudar de emprego sempre é uma excelente chance para se reinventar. Poucos, contudo, conseguem dominar suas emoções e expectativas para lidar com este fato.

“Se eu não tiver resiliência, capacidade de me adaptar ao novo contexto, vou errar a mão: ou vou bater mais forte ou vou deixar de correr riscos, por medo”, diz Góis.

Para não entrar neste círculo, a dica é aproveitar este momento para também fazer um mergulho para dentro de si. Isso mesmo. Procure se conhecer mais e, principalmente, romper os limites e paradigmas que teimam em manter você na mesma toada desde      .


3. Não estar pronto para aprender


Fórmulas seguidas, exaustivamente, ao longo de uma carreira não necessariamente serão efetivas em novos contextos. Muitos profissionais, contudo, se esquecem desta realidade e se fecham para outros conceitos e aprendizados.

Rejeitar a ideia de que novos contextos de trabalho, muitas vezes, exigem novas competências e conhecimentos pode ser o primeiro passo. “O executivo que chega com um modelo mental fechado ou que não tem essa disponibilidade para aprender erra muito”, afirma o sócio da Havik.


4. Fechar as portas para o feedback


Por medo de manchar sua reputação logo de cara, há quem prefira ocultar prováveis problemas ou descompassos nos primeiros meses de companhia. Se você integra este grupo, sinal vermelho.


“No dia D, quando começa o trabalho, é necessário uma comunicação clara para fazer alguns ajustes de expectativas. O profissional precisa se posicionar”, diz Góis. Obviamente, respeitando a cultura da empresa, alerta o especialista.


5. Não focar nos relacionamentos


Os três primeiros meses também são essenciais para formar alianças e investir nos relacionamentos com os novos colegas de trabalho. Muitos, contudo, focam demasiadamente na área técnica e deixam as pessoas para segundo plano.


“Abre a porta com quem pode ajudar você, mas, principalmente, oferece uma visão mais completa e abrangente sobre a realidade da empresa”, afirma Altora, da Exec.

Fonte: CRA - Revista Exame

Hasta  la  vista, Baby!!!!!

sexta-feira, 2 de março de 2012

O que é melhor: fazer o que se gosta ou o que paga mais?

Ao procurar uma oportunidade no mercado de trabalho, a maioria dos candidatos parte em busca de um sonho: o de conseguir um emprego que não apenas satisfaça profissionalmente, mas que também atenda às suas necessidades financeiras. Contudo, nem sempre atender a ambos o requisitos é possível, o que torna a procura ainda mais complicada.



E, se realizar esse desejo já é complicado demais, o que seria mais aconselhável, então? Fazer aquilo que se gosta ou escolher um emprego que pague um salário melhor?

De acordo com a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira, a resposta é nem um nem o outro.

O profissional deve ser orientado a fazer o que gosta, buscando uma área que tenha uma remuneração mais adequada para suprir suas necessidades. Contudo, se isso não for possível e ele ganhar uma boa remuneração pelo que faz, o ideal é que o trabalhador procure enxergar suas atividades de uma maneira mais positiva”, diz Karla.

Consequências

E tanto esforço certamente tem uma razão de ser, afinal, trabalhar no que não se gosta pode trazer sérios riscos à saúde.

Ao se fazer o que não se gosta, o trabalhador pode se tornar uma pessoa opressiva e infeliz”, esclarece Karla.

Além disso, não é apenas desse mal que um profissional pode sofrer. Segundo o consultor da De Bernt Entschev Human Capital, Julio Bonrruquer, por exemplo, ao optar exclusivamente pelo retorno financeiro e não pela satisfação profissional, o trabalhador pode se sujeitar a inúmeras doenças. “São muitas as pessoas que adoecem e que têmdinheiro por exemplo”, diz Bonrruquer.

E é por essa razão que o especialista defende tanto que é preciso trabalhar no que se gosta. "Isto é importante, mas não se pode apenas viver de um sonho, pois, sem dinheiro, não se pode viver”, diz.

Como fazer

Para encontrar um meio termo, o profissional deve primeiramente se conhecer. Ou seja, saber exatamente do que gosta e em quais áreas ele possui mais competência.

Ele precisa saber onde possui habilidade para se desenvolver mais e mais. Além disso, é importante que ele saiba também onde e como buscar um trabalho adequado ao seu perfil, tendo paciência para esperar o retorno mais apropriado, item este fundamental no processo”, esclarece Karla.

Bonrruquer dá outra recomendação. “Ao adquirir estabilidade financeira, é possível trabalhar com mais paixão naquilo que se gosta. Aquilo que fazemos com paixão sempre traz bons resultados, inclusive financeiros”, lembra.


Fonte: Eliane Quinalia - Indomoney


Hasta la vista, Baby!!!!