sexta-feira, 23 de abril de 2010

O mundo sem planejamento?

Podem até me convencer com provas reais e justificativas plausíveis que um empreendedor ou uma empresa não necessariamente precisam elaborar planos de negócios para atingir determinados resultados. Mesmo assim, ficarei certo de que isso não é verdadeiro no mundo real e contemporâneo.

O que são planos de negócios senão a formalização de estudos, de idéias, de análise de mudanças conjunturais, de descoberta de novas oportunidades, de mensuração de resultados e/ou de objetivos e sonhos traçados. Todo empreendedor trabalha com estas questões. Esforçam-se para que estas virem realidade e sejam aproveitadas de uma melhor maneira em seu empreendimento. Está certo, que nem todos chegam a formalizá-las em um documento tangível. Passam a vida inteira confiando apenas na sua memória e na sua capacidade de estabelecer focos e prioridades momentâneas. Mas, todos, sem exceção, realizam algum tipo de planejamento. Se este não sai de sua cabeça para um papel ou para um software é outra discussão.

O que eu quero chamar atenção é que desde os primórdios o ser humano, figura central de toda cultura empreendedora, planeja. Em todas suas conquistas e inventos algum tipo de planejamento foi realizado. Se no passado o homem sempre precisou planejar, o que seria ele, então, hoje sem nenhum tipo de planejamento? Vejo alguns autores de livros ou de artigos escreverem que um plano de negócio pode tornar a empresa mais burocrática, menos flexível ou presa a um papel. E que por isso, acham que planos de negócios são na verdade uma perda de tempo. Que pode não servir para nada. Não concordo com esta visão! Estas pessoas têm que entender que um plano dificilmente será responsável por tornar a empresa mais lenta em suas decisões. Pelo contrário, ele é um instrumento vivo. E por ter esta característica está sempre em processo de atualização. Este processo é burocrático ou estratégico? É necessário ou um luxo? É modismo ou exigência? Torna a empresa mais rápida ou mais lenta?

Alguns futurólogos acreditam que os próximos cinco anos serão mais transformadores e terão mais novidades que os últimos trinta anos. Muitas coisas que existem hoje não existirão mais. Muitas coisas que ainda não existem passarão a existir. Estas mudanças não virão apenas por meio material, como os próprios produtos das empresas. Comportamentos, atitudes e hábitos dos consumidores e dos empreendedores farão parte desta mudança.

Então eu pergunto: há como vivermos neste mundo (com este cenário) sem planos? Aqueles que acham que sim podem atirar a primeira pedra que eu a usarei como matéria prima para identificar novas oportunidades. Há, é claro! Terei que realizar um plano para isso...

FONTE: Carlos Frederico Corrêa Ferreira
Administrador de empresas,
consultor em gestão e abertura de novos negócios,
sócio gerente da Iopen Desenvolvimento Empresarial,
Diretor do Clube do Empreendedor de Juiz de Fora,
professor de empreendedorismo e
idealizador do Software Empreenda.


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