Empresa incubada pode ser a solução para novos empreendedores

Criar uma empresa no mercado não é uma tarefa fácil. Ainda mais, quando o empreendedor ainda é jovem e não possui conhecimentos sobre os diversos setores de uma corporação. Uma solução para quem quer abrir um empreendimento é a incubação de empresas, que é uma forma de apoio a empreendimentos recém-criados por profissionais que ainda não são qualificados na área de gestão de empresas.

Em Juiz de Fora, o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) disponibiliza aos novos empresários suporte nas áreas financeira, de comunicação e marketing, jurídica, de propriedade intelectual e de recursos humanos (RH).

Segundo Flávia Ruback, responsável pela incubadora da instituição, este auxílio oferecido é importante para os empreendedores. “A estruturação inicial de uma empresa é fundamental, pois é a base para o desenvolvimento e consolidação de uma marca”. Entretanto, Flavia esclarece que a função do Critt no processo é de orientar as firmas incubadas, e não de executar as atividades. “Quando um empresário incubado quer contratar um novo funcionário, ele recorre ao serviço de RH oferecido pelo Critt, mas caberá a ele escolher quem será o selecionado”.

Empresa incubada

Em 14 anos de programa de incubação, 22 empresas concluíram o processo no Critt. Algumas delas se consolidaram no mercado juizforano, como a Ipixel, a Ortofarma e a Virtual Bussiness. O mesmo caminho quer seguir Petherson Lacerda, de 26 anos, proprietário da Infomobi, especializada em desenvolvimento de software. A empresa está incubada no Critt desde julho de 2008. Segundo o jovem empresário, formado em Tecnologia em Processamento de Dados no Centro de Ensino Superior (CES) em 2004, ele resolveu procurar o Critt para planejar os primeiros passos de sua empresa. “A taxa de mortalidade de novos negócios nos primeiros anos é muito alta, por isso procurei apoio para planejar a criação da empresa”, conta.

Lacerda acredita que abrir um empreendimento logo após ter concluído a graduação não é o ideal, entretanto, esperar o tempo passar também dificulta. “Cada escolha tem os seus prós e os seus contras. Abrir um novo negócio após a faculdade é complicado, pois o estudante ainda não tem pleno conhecimento de gestão de negócio. Já esperar mais tempo também atrapalha, pois as nossas obrigações só aumentam, o que torna mais difícil dar o pontapé inicial. Optamos pela segunda opção. Assim, ganhamos experiência no mercado trabalhando em grandes empresas e agora aplicamos todo o conhecimento e a experiência no nosso próprio negócio.”.

A incubadora

Atualmente, o Critt conta com quatro empresas incubadas, no entanto, este número será ampliado no próximo ano, quando irá oferecer mais quatro vagas. “Além do auxílio sobre gestão de negócio, disponibilizamos estrutura física para as empresas. O Critt dispõe de salas de reuniões, laboratórios de informática, auditório, biblioteca e refeitório”, revela Flávia Ruback. Segundo ela, o funcionamento destas empresas é o mesmo das firmas tradicionais. "A diferença está no auxílio que é oferecido a elas". O processo de incubação de uma empresa tem prazo limite de três anos, podendo ser prorrogado, caso haja necessidade para o desenvolvimento do projeto.

Como incubar uma empresa?

As propostas para incubação podem ser apresentadas tanto por pessoas físicas como jurídicas, e devem apresentar como objetivo o desenvolvimento de novos produtos por uma empresa já existente ou a ser criada.

O processo de seleção é dividido em três fases. A primeira consiste na análise do formulário de pré-proposta, que deve ser preenchido pelo empreendedor. Já na segunda etapa, o interessado deve entregar e apresentar o plano de negócio. Já a última fase e composta pela entrevista com os candidatos.

Outras informações você encontra no edital de seleção.