sábado, 12 de fevereiro de 2011

Classe C é motor do crescimento da rede hoteleira no Brasil

Eles já são mais de 100 milhões, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e viraram alvo dos olhares e atenções da bancos, companhias aéreas, universidades e tantos outros segmentos da economia nos últimos anos. Trata-se da classe C, a dona da maior fatia do bolo do consumo no Brasil. É nesse grupo que o setor hoteleiro – tradicionalmente formado por redes voltadas para o consumo da população das classes A e B – aposta para continuar vendo níveis de atividade aquecidos. “Com o crescimento e a melhoria de renda, esperamos registrar mais de 50 milhões de clientes em um prazo de sete a dez anos, enquanto na última década tivemos 30 milhões”, revela o presidente da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), Enrico Fermi.

Na rede Accor, trabalhar com a população da classe C não é, nem de longe, uma novidade. O grupo conta com mais de 170 hotéis e atua desde padrões mais sofisticados – como as marcas Sofitel e Pullman – até os econômicos Ibis e Formule 1. O próprio Ibis já conta com 53 hotéis no Brasil e comemorou a marca de 900 no mundo todo. Outra marca, a Mercure, esta com uma média de clientes de maior poder aquisitivo, tem 58 em território brasileiro. E é a classe C que vai virar esse placar. “Até 2013 serão 108 Ibis e 65 Mercures. Hoje, essa população já pode deixar de se hospedar na casa de parentes para ficar em hotéis”, comemora o diretor adjunto de Desenvolvimento de Novos Negócios da Accor Brasil, Abel Castro.

Copa

A Abih descarta que possam faltar leitos para os grandes eventos esportivos que o Brasil sediará no futuro, lembrando que até hoje o setor está acompanhando na medida a evolução da demanda no País. “Nosso mercado está perfeitamente ajustado à demanda, não haverá excesso nem ausência de leitos, pode ter certeza”, reforça Fermi.

No Grupo Accor, aumentar a rede é uma meta constante – em todas as marcas. Olhando para o desenvolvimento e a ascensão econômica de novos públicos, os dirigentes da corporação estão voltando seus esforços para o interior. “Estamos estudando a construção de mais hotéis com a marca Formule 1, para atender uma grande população desassistida, e há muitos investidores interessados em injetar recursos nesses empreendimentos”, relata Castro.

Profissionais

E não são só engenheiros que estão em falta no mercado no país. A demanda por profissionais mais capacitados, bilíngues, com conhecimento sobre receptividade turística para a rede hoteleira deve aumentar, com a vinda de grandes eventos e a crescente participação da classe C no segmento. “Sem dúvida, é um desafio. Nós formamos profissionais nos hotéis econômicos da rede, muitos desenvolvendo seu primeiro emprego. Também temos uma universidade corporativa”, conta Abel Castro, da rede Accor.

O presidente da Abih diz que é necessário acelerar a qualificação e formação de mão de obra para os próximos anos. “Nosso setor cresceu rápido demais, já estamos formatando parcerias, mas precisamos de velocidade, até para deixar um legado após a Copa, para clientes daqui ou de fora”, comenta Enrico Fermi.

4 comentários:

  1. Que bom saber que minha classe econômica está sendo "paparicada" pelo setor do Turismo. Já estou preparando minhas malas para partir. TCHAU!!!!

    ResponderExcluir
  2. Sandro Teixeira- Goiâniasáb. fev. 12, 12:20:00 AM 2011

    Quero preços mais baixos do que são praticados hoje no turismo do Brasil. Senão vou pra fora!!!

    ResponderExcluir
  3. Maria Cecília (Rio de Janeiro)sáb. fev. 12, 12:22:00 AM 2011

    A Copa do Mundo será responsável pelo empurrão que a rede hoteleira do Brasil estava precisando. Aliás, não só a Copa, mas as Olimpíadas.

    ResponderExcluir
  4. Leandro Araujo & Pires - Juiz de Forasáb. fev. 12, 12:23:00 AM 2011

    É... vamos precisar de mão de obra qualificada para atender a toda essa demanda. Será que teremos conseguiremos chegar a um nível bacana?

    ResponderExcluir

Quer comentar o texto? Fique à vontade!!!!