Eles já são mais de 100 milhões, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e viraram alvo dos olhares e atenções da bancos, companhias aéreas, universidades e tantos outros segmentos da economia nos últimos anos. Trata-se da classe C, a dona da maior fatia do bolo do consumo no Brasil. É nesse grupo que o setor hoteleiro – tradicionalmente formado por redes voltadas para o consumo da população das classes A e B – aposta para continuar vendo níveis de atividade aquecidos. “Com o crescimento e a melhoria de renda, esperamos registrar mais de 50 milhões de clientes em um prazo de sete a dez anos, enquanto na última década tivemos 30 milhões”, revela o presidente da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), Enrico Fermi.
Na rede Accor, trabalhar com a população da classe C não é, nem de longe, uma novidade. O grupo conta com mais de 170 hotéis e atua desde padrões mais sofisticados – como as marcas Sofitel e Pullman – até os econômicos Ibis e Formule 1. O próprio Ibis já conta com 53 hotéis no Brasil e comemorou a marca de 900 no mundo todo. Outra marca, a Mercure, esta com uma média de clientes de maior poder aquisitivo, tem 58 em território brasileiro. E é a classe C que vai virar esse placar. “Até 2013 serão 108 Ibis e 65 Mercures. Hoje, essa população já pode deixar de se hospedar na casa de parentes para ficar em hotéis”, comemora o diretor adjunto de Desenvolvimento de Novos Negócios da Accor Brasil, Abel Castro.
Copa
A Abih descarta que possam faltar leitos para os grandes eventos esportivos que o Brasil sediará no futuro, lembrando que até hoje o setor está acompanhando na medida a evolução da demanda no País. “Nosso mercado está perfeitamente ajustado à demanda, não haverá excesso nem ausência de leitos, pode ter certeza”, reforça Fermi.
No Grupo Accor, aumentar a rede é uma meta constante – em todas as marcas. Olhando para o desenvolvimento e a ascensão econômica de novos públicos, os dirigentes da corporação estão voltando seus esforços para o interior. “Estamos estudando a construção de mais hotéis com a marca Formule 1, para atender uma grande população desassistida, e há muitos investidores interessados em injetar recursos nesses empreendimentos”, relata Castro.
Profissionais
E não são só engenheiros que estão em falta no mercado no país. A demanda por profissionais mais capacitados, bilíngues, com conhecimento sobre receptividade turística para a rede hoteleira deve aumentar, com a vinda de grandes eventos e a crescente participação da classe C no segmento. “Sem dúvida, é um desafio. Nós formamos profissionais nos hotéis econômicos da rede, muitos desenvolvendo seu primeiro emprego. Também temos uma universidade corporativa”, conta Abel Castro, da rede Accor.
O presidente da Abih diz que é necessário acelerar a qualificação e formação de mão de obra para os próximos anos. “Nosso setor cresceu rápido demais, já estamos formatando parcerias, mas precisamos de velocidade, até para deixar um legado após a Copa, para clientes daqui ou de fora”, comenta Enrico Fermi.
Fonte: www.Infomoney.com
Que bom saber que minha classe econômica está sendo "paparicada" pelo setor do Turismo. Já estou preparando minhas malas para partir. TCHAU!!!!
ResponderExcluirQuero preços mais baixos do que são praticados hoje no turismo do Brasil. Senão vou pra fora!!!
ResponderExcluirA Copa do Mundo será responsável pelo empurrão que a rede hoteleira do Brasil estava precisando. Aliás, não só a Copa, mas as Olimpíadas.
ResponderExcluirÉ... vamos precisar de mão de obra qualificada para atender a toda essa demanda. Será que teremos conseguiremos chegar a um nível bacana?
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