quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Como as empresas podem auxiliar os colaboradores na questão do endividamento pessoal?

Várias empresas convivem diariamente com conflitos internos causados por pessoas estressadas e que implicam com tudo e todos. A questão do mau humor dos colaboradores pode estar relacionada a problemas pessoais, como o descontrole das finanças pessoais. Mas será que todos precisam viver obrigatoriamente nesta situação? O primeiro sintoma que pode ser notado nas pessoas é a questão do relacionamento. Hoje, o descontrole financeiro é considerado uma das principais causas de separação entre casais. Se ele causa problemas dentro de casa, também faz o mesmo estrago no relacionamento dentro das empresas. A maior causa de dívidas é originada pelo descontrole das despesas, ou seja, gastar mais do que se ganha todo mês. Porém, é muito difícil o indivíduo admitir isso. Então, a pessoa começa a culpar alguém, como o marido, a esposa que gasta demais ou mesmo os filhos. Depois são os colegas de trabalho e, principalmente, a empresa que paga mal. Com isso, cai a produtividade do colaborador e principalmente a motivação para o trabalho. Como pode ser possível produzir se está preocupado com a conta de água, condomínio ou a luz que está vencida e pode ser cortada por falta de recurso para cumprir os pagamentos? Isto tudo afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, pois essa é uma questão buscada por todas as pessoas e empresas. Através do acesso ao crédito cada vez mais fácil, alguns consumidores endividam-se devido a gastos mensais superiores a renda, pois todas as compras efetuadas a prazo, em um futuro próximo acumular-se-á com outras compras realizadas em momentos diferentes. Desta forma, o consumidor deve controlar suas contas para que suas despesas não sejam maiores que os gastos de sua rotina diária. Em relação ao endividamento proveniente de momentos de doença, isto é uma situação que não tem como prever, então, por isso é importante ter um reserva para momentos como estes. O IBGE, através da Pesquisa sobre o Orçamento Familiar, mostrou que 85% das famílias brasileiras gastam mais do que ganham todo mês. O problema das finanças pessoais é uma realidade nacional. As empresas podem suprir essa carência dos colaboradores sobre educação financeira. Isto deve ser colocado no dia-a-dia do funcionário e não somente nos treinamentos e palestras específicas. Por exemplo: um treinamento motivacional de vendas faz com que o funcionário tenha um melhor desempenho na sua função. Porém, se ao chegar a sua mesa, o funcionário recebe uma ligação ou um aviso do gerente do banco falando que o cheque voltou ou não tinha saldo para o débito da conta de luz, todo o treinamento motivacional pode ser comprometido. Por isso, a empresa deve passar a orientação financeira não só para o funcionário, mas os efeitos devem ser extensivos também para toda a família dele. As empresas devem abordar os temas sobre saúde financeira pessoal e familiar, e até mesmo sobre orientação financeira para a aposentadoria. Enfim, normalmente, o funcionário conhece como salário apenas o valor líquido e não sabe nem o que se paga de Imposto de Renda e Previdência Social. Se existe tanto débito, o funcionário pode falar que ganha mal. Mas, às vezes, não são os salários que são baixos, e sim os gastos que esses trabalhadores fazem de maneira desorganizada. Quando as empresas propiciam orientações sobre educação financeira, ambas as partes ganham: o funcionário passa a administrar melhor seus rendimentos e, com isso, trabalham melhor de modo a aumentar a produtividade para as empresas.
* Colaborou: Reginaldo Freitas Pena é estudante
de Economia das faculdades Integradas Vianna Júnior
(anepeco@hotmail.com) Fernando Antônio Agra é Economista pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL),
Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV)
e professor universitário das faculdades Vianna Júnior, Estácio de Sá e Universo
e do curso de Formação Gerencial do Instituto Educacional Machado Sobrinho,
sendo todas a instituições em Juiz de Fora - MG
Hasta la vista, Baby!!!

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