terça-feira, 29 de setembro de 2009

Após crise global, Moody´s eleva nota do Brasil

Boa noite:
Em edição extraordinária estou adicionando alguns textos que encontrei na Net sobre um dos temas que "cairão" na prova de Economia, dessa sexta-deira 02/10/2009.
Boa leitura ótima prova para todos.
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A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta terça-feira que passou a considerar a dívida do governo brasileiro em moeda estrangeira como grau de investimento, com perspectiva positiva.Isso significa que os papéis do Brasil são confiáveis para investir. Segundo os profissionais de mercados, muitos investidores já estavam antecipando o "upgrade" do Brasil para grau de investimento pela Moody's. . A Moody's elevou de "Ba1" para "Baa3" o "rating" (a nota dada aos papéis) atribuído à dívida soberana do Brasil. A nova classificação é o degrau mais baixo da faixa considerada grau de investimento. "A elevação reflete o reconhecimento pela Moody's de que a capacidade de absorção de choques, incluindo a capacidade de resposta das autoridades, aponta para uma melhora significativa do perfil de crédito soberano do Brasil", segundo a Moody's. Esta é a quarta agência a alçar o país ao grupo dos países considerados confiáveis para investir. Entre abril e maio de 2008, o país recebeu de três fontes diferentes o tão sonhado grau de investimento. Primeiro, em 30 de abril, foi a agência de avaliação de risco Standard & Poor´s. Menos de um mês depois, a agência canadense DBRS tomou a mesma decisão. No dia seguinte, a Fitch também concedeu o grau de investimento.Repercussão"O que surpreende é que a Moody's colocou o Brasil em perspectiva positiva, o que ressalta a força da economia no governo Lula", afirma Claudia Calich, gerente de títulos emergentes da Invesco, em Nova York. "A gente passou pelo grande teste: a gente fez política monetária anticíclica. Em outras crises, a gente sofria muito. O câmbio depreciava demais, a inflação explodia, tinha que subir juros, a atividade econômica ia lá para baixo. Essa foi a primeira crise em que a gente conseguiu baixar os juros dando um suporte para a atividade econômica", avalia Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria. "Na prática, a Moody's estava defasada, o que não mudaria nada. Mas, neste momento de euforia (dos mercados), tudo ajuda. Além disso, alguns fundos internacionais até poderiam ter restrição (em aplicar no Brasil) porque não era grau de investimento pela Moody's", analisa Felipe Brandão, especialista em mercados emergentes da Icap. Para o economista Antònio Madeira, da MCM Consultores Associados, "essa elevação se justifica do ponto de vista de solvência externa". Ele acrescenta que "hoje a situação é muito confortável para o Brasil, há confiança no sistema bancário brasileiro e a economia tende a crescer. "Isso pode ajudar a equilibrar as contas públicas. De uma forma geral, essa avaliação da Moody's é positiva, apesar de a agência já ter antecipado uma perspectiva positiva para o rating brasileiro", continua Madeira. "No que se refere ao dólar, o grau de investimento vem reforçar mais ainda os bons fundamentos do país, o que deve ajudar a manter o real em alta."
(Com informações de Agência Estado e Reuters)
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Rating: conceito, forma de cálculo e importância para o mercado
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Muita gente já se deparou com o termo «rating», porém não tem uma visão clara a que isso se refere. Em poucas palavras, o «rating», ou classificação de risco, se refere ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação estruturada.Ele busca mensurar a probabilidade de default de obrigações financeiras, ou seja, o não pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O «rating» é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o «rating» se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida. Agências de classificaçãoAs empresas freqüentemente pagam para terem suas dívidas classificadas em termos de risco de crédito. Isso porque muitos investidores resistem ou têm limitações legais em comprar títulos sem conhecer seu «rating».As três principais organizações que prestam esse serviço em escala global são as norte-americanas Moody´s, Standard & Poors´s (S&P) e Fitch «rating»s. A classificação é revista periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) de uma empresa ou país pode se alterar de um período ao outro. Forma de classificaçãoAs definições usadas baseiam-se na probabilidade de inadimplência da empresa e na proteção que os credores têm nesse caso. Para realizar uma classificação de risco de crédito, as agências de «rating» recorrem tanto a técnicas quantitativas, como análise de balanço, fluxo de caixa e projeções estatísticas, quanto a análises de elementos qualitativos, como ambiente externo, questões jurídicas e percepções sobre o emissor e seus processos. Além de a classificação envolver avaliação de garantias e proteções (hedge) contra riscos levantados, ela também incorpora o fator tempo. Este último influencia a definição do «rating», pois maiores horizontes implicam em maior imprevisibilidade. Desta forma, uma mesma empresa pode apresentar títulos de dívida com diferentes notas, de acordo com as garantias oferecidas, prazos estabelecidos, dentre outras características.As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3, são consideradas como investment grade, ou grau de investimento, enquanto as abaixo são consideradas como speculative grade, ou de grau especulativo. Tipos de «rating»sExistem duas escalas diferenciadas para os «rating»s: internacional e nacional. Um «rating» em escala internacional pode ser tanto em moeda local como em moeda estrangeira e representa uma medida absoluta da capacidade de pagamento das dívidas denominadas, respectivamente, em moeda local ou estrangeira. Os «rating»s em escala internacional, sejam em moeda local ou estrangeira, são comparáveis entre países.Já os «rating»s em escala nacional não são comparáveis em escala internacional. Classificações similares em escala nacional de emissores em países diferentes podem mostrar grandes diferenças na capacidade de pagamento. Por exemplo, um «rating» AAA (bra) na escala brasileira não é comparável com um AAA (chl) ou AAA (ven) nas escalas chilena e venezuelana, respectivamente. «Rating» em moeda local e moeda estrangeiraConsiderando que sejam definidos em escala internacional, tanto os «rating»s em moeda estrangeira como os em moeda local são comparáveis internacionalmente. «rating»s em moeda local medem a probabilidade de pagamento na moeda do país e na jurisdição em questão. Eles excluem o efeito do risco-país e o risco de transferência, não refletindo a possibilidade de os investidores virem a ter dificuldades para repatriar o recebimento de principal e juros. Entre outros, o objetivo deste «rating» é permitir ao investidor comparar o risco de emissor de diferentes países, ou até mesmo de um mesmo país, isolado de riscos de transferência. Prazo e comparação com risco paísAs agências também diferenciam os «rating»s de acordo com prazo. O «rating» de curto prazo refere-se à capacidade de pagamento de uma obrigação financeira de até 12 meses. Já obrigações com prazo superior a 12 meses passam a receber classificação de longo prazo.É importante destacar que os conceitos de risco país e de «rating» soberano são bastante diferentes. Enquanto um se refere a uma medida de rentabilidade calculada pelo banco norte-americano JP Morgan, o «rating» mede a capacidade de pagamento. Muitas vezes, no entanto, países com «rating»s elevados apresentam risco país mais baixo, e vice-versa, indicando uma relação entre os dois indicadores.
Fonte: Infomoney
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Brasil alcança grau de investimento da agência Moody's
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O Brasil conquistou o selo "grau de investimento" por mais uma importante agência de classificação de risco. Nesta terça-feira, 22, a Moody''s elevou a nota do País para "Baa3". No dia 30 de abril do ano passado, o Brasil se tornou grau de investimento pela avaliação da Standard & Poor''s. E em 29 de maio de 2008 foi a vez da Fitch atribuir essa nota ao País.Veja também: .
A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado "grau de investimento". Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação."A Moody''s Investors Service elevou os ratings de dívida do Governo do Brasil em moeda local e estrangeira do grau especulativo Ba1 para Baa3, patamar inicial para créditos com grau de investimento. A perspectiva para os novos ratings é positiva. A elevação reflete o reconhecimento pela Moody''s de que a capacidade de absorção de choques, incluindo a capacidade de resposta das autoridades, aponta para uma melhora significativa do perfil de crédito soberano do Brasil," afirmou Mauro Leos, Regional Credit Officer da Moody''s para a América Latina.Evidências de robusta flexibilidade econômica e financeira, tipicamente associados a créditos com grau de investimento, podem ser vistas na rápida contração do PIB, no enfraquecimento mínimo das posições de reservas internacionais do país, na moderada deterioração dos indicadores de dívida do governo e na ausência de estresse financeiro no sistema bancário" afirmou Leos. Estas características sugerem que o Brasil é um "vencedor" se comparado aos outros países globalmente integrados classificados pela Moody''s."Ainda que a economia apresente crescimento negativo do PIB em 2009 e as contas fiscais sofram deterioração em relação aos anos anteriores, afirmou Leos, o desempenho geral do Brasil provou ser melhor do que a maioria dos países classificados como grau de investimento na categoria Baa, onde o Brasil agora está situado."Leos afirmou que a elevação do rating é parte de um processo continuo para identificar países que se tornaram "vencedores" durante o período de turbulência financeira e econômica global. Este processo levou a um reajuste dos ratings soberanos na escala global para certos países cujos perfis de crédito soberano, ao mesmo tempo em que seguiram por um caminho positivo no médio prazo, provaram ser menos vulneráveis em comparação aos seus pares.O teto soberano do Brasil para dívida em moeda estrangeira também foi elevado de Baa3 para Baa2, e o teto soberano para depósitos bancários em moeda estrangeira foi elevado de Ba2 para Baa3. Estes ratings têm perspectiva positiva. Os tetos do país em moeda local para depósitos e dívidas não foram afetados.A ultima ação de ratings do Brasil foi feita no dia 6 de julho de 2009, ocasião em que a Moody''s colocou os ratings de dívida do governo em moeda local e estrangeira em revisão para possível elevação. O teto soberano do Brasil para dívida em moeda estrangeira também foi colocado em revisão, assim como o teto soberano para depósitos bancários em moeda estrangeira."
Fonte: Jornal Estadão

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