quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Desconte na malhação

Timidez, insegurança, raiva, ansiedade e estresse. Eles podem acabar com seu humor. Mas algumas atividades ajudam a espantá-los para beeem longe!
. A situação pode parecer familiar para muita gente: ao chegar em casa depois de um dia estressante no trabalho, você abre a geladeira e escolhe sem moderação: bolo, refrigerante, massas congeladas e por aí vai. Resultado? Uma sensação de alívio hoje e muitos quilos a mais no fim do mês. .
É certo que não há como fugir dos sentimentos que incomodam você no dia-adia, mas é possível escolher formas mais saudáveis de extravasar. Da timidez à raiva, confira a seleção de exercícios que Vida Natural & Equilíbrio montou para você terminar o dia relaxado e em paz com a balança!
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Fúria de leão!
Diagnóstico: raiva
Solução: atividades intensas
Sugestão: BOXE
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Uma das modalidades mais procuradas, o boxe permite que o aluno extravase a raiva de forma segura. "É o tipo de aula que tem maior procura no período noturno para as pessoas tirarem a tensão do dia", explica a diretora técnica da academia Runner, Samara Queiroz. Nas primeiras aulas, o praticante exercita a coordenação motora, aprende os golpes e o posicionamento correto dos braços e das pernas. Uma vez passada essa fase, pratica exaustivamente os diferentes tipos de ataque. Apesar do treino intenso, as aulas disponíveis no calendário das academias têm como objetivo o condicionamento físico. "Não pretendemos formar atletas", afirma. Para que a sessão de relaxamento seja mais eficiente, o aluno pode combinar a aula de boxe com alguma atividade mais calma, como o alongamento. "Os efeitos relaxantes pós-atividade física favorecerão a retomada do equilíbrio emocional", explica o diretor técnico da academia Bio Ritmo, Saturno de Souza. E mais: a atividade ajuda a evitar lesões no cotovelo, no ombro e no punho, áreas mais sobrecarregadas durante o exercício. Além de se preocupar com as articulações, antes de iniciar a atividade, o aluno deve conferir o estado de saúde do coração. "O ataque é responsável por sobrecarregar a frequência cardíaca", conta a profissional da Runner. O ideal é praticar o exercício até três vezes por semana e intercalá-lo com treinos de musculação que fortalecerão os músculos e evitarão lesões. O ritmo intenso da atividade proporciona ainda uma elevada perda de calorias, ou seja, além de sair mais relaxada da aula, em pouco tempo você conquista um corpo mais seco e definido.
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Passinhos para lá, amigos para cá
Diagnóstico: timidez
Solução: atividades que proporcionam o convívio
Sugestão: DANÇA
. Engana-se quem pensa que para se matricular em alguma aula de dança, é necessário já levar o par. "As pessoas geralmente se juntam na hora de acordo com o nível de cada um", explica Samara. E, para começar, não se exige muito. "É preciso ter o mínimo de ritmo, uma sapatilha e vontade de aprender", afirma. Durante a aula, os alunos exercitam passos de diversas modalidades. Samba-rock, salsa e forró são as mais populares. A cada aula, os passos ficam mais difíceis, então, é fato: os alunos evitam faltar para não ficarem defasados. "É a modalidade com o grupo mais fiel", diz Samara. E não é raro encontrar os alunos fora das salas de aulas: muitas vezes eles combinam baladas para praticar o que foi aprendido durante a sessão. Dependendo do ritmo escolhido, o gasto calórico de cada aula é alterado. No entanto, os benefícios se estendem por diversas áreas: postura, coordenação motora e condicionamento físico.
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Mergulhe sem traumas
Diagnóstico: insegurança
Solução: atividades desafiadoras
Sugestão: NATAÇÃO
. Se você é do tipo de pessoa que sua frio antes de entrar na piscina ou no mar, mas morre de vontade de passar o verão perto da praia, é necessário criar coragem e enfrentar o medo. É o que defende Souza. Para que a pessoa conquiste segurança, as aulas começam aos poucos. Primeiro, exercita-se o batimento de pernas; depois, se aprende a sincronizar os movimentos das pernas e dos braços, usando uma prancha; por fim, treinase a respiração. "A ideia é ajudar os participantes a vencer seus temores e torná-los mais seguros de si", explica o profissional.As altas temperaturas do verão fazem com que os alunos não percam uma aula. Já no inverno, a história é outra. "As pessoas não deixam de vir, mas a frequência é menor", admite a diretora da Runner. Em qualquer estação, porém, o público que opta por essa atividade é bem especifico e, muitas vezes, dispensa as outras modalidades disponíveis na academia. De alto gasto calórico, a atividade é conhecida por beneficiar todas as partes do corpo. No entanto, é necessário prestar atenção na postura para não sobrecarregar o ombro, área mais exigida durante a execução do exercício. .
Sofrendo por antecipação
Diagnóstico: ansiedade
Solução: exercícios que liberem adrenalina
Sugestão: PILATES
. Um estudo elaborado pelo International Stress Management Association Brasil (ISMA) comprovou que a ansiedade já esteve presente na vida de 91% dos brasileiros pelo menos uma vez. Apesar de não ser considerada uma doença, há formas de tratar esse tipo de sentimento. Uma das opções é a técnica do Pilates, que faz com que o aluno se desligue dos problemas e se concentre nos exercícios que precisa executar. Ao contrário da ioga, o Pilates não usa como base lições de meditação. O foco da modalidade é o condicionamento físico, priorizando postura, respiração, flexibilidade, coordenação e harmonia corporal. Apesar da ansiedade também atingir crianças, o tratamento nesse caso não passa pelo Pilates. "É difícil fazê-los se concentrar", lembra Suzana. Para os pequenos, a solução é outra, segundo especialistas: a prática de esportes não competitivos, que estimulam o lazer. E o melhor? Nada impede que essa alternativa também seja usada entre os adultos.
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O mal do século
Diagnóstico: estresse
Solução: atividades aeróbicas
Sugestão: JUMPING na academia, CORRIDA fora dela
. Quem vive em grandes cidades, já está familiarizado com a palavra estresse. Até porque, segundo outro estudo do ISMA, 70% da população sofre com o problema. "Para conseguir extravasar a tensão causada pelo estresse, nada mais indicado do que aulas que exigem esforço do aluno, como o jumping", afirma Samara. A ideia não é descontar a raiva que você sente de alguém ou de uma situação, mas de esquecer o que tenha deixado naquela situação. Com aulas intensas, pré-coreografadas e que exigem a superação de obstáculos, o jumping exige concentração do aluno. "No limite do seu desempenho, o praticante se sentirá aliviado", afirma Souza. Outro fator que alivia as tensões é a música agitada, característica durante a aula, que ajuda a animar o grupo. No aspecto físico, a atividade é de alto gasto calórico e ajuda a modelar pernas e glúteos.
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Não pode frequentar uma academia? Calma, isso não impede você de se livrar do estresse. Atividades como a corrida, que pode ser praticada ao ar livre e em qualquer horário, é uma boa alternativa. Responsável por liberar substâncias que geram bem-estar, o exercício precisa ser acompanhado por um profissional para não causar lesões no corpo do aluno. Prestar atenção na postura, acompanhar seu ritmo e trocar o tênis regularmente são algumas dicas que evitam machucados.
Fonte: Caroline Afonso
Revista Vida Simples
Hasta la vista, Baby!!!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Após crise global, Moody´s eleva nota do Brasil

Boa noite:
Em edição extraordinária estou adicionando alguns textos que encontrei na Net sobre um dos temas que "cairão" na prova de Economia, dessa sexta-deira 02/10/2009.
Boa leitura ótima prova para todos.
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A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta terça-feira que passou a considerar a dívida do governo brasileiro em moeda estrangeira como grau de investimento, com perspectiva positiva.Isso significa que os papéis do Brasil são confiáveis para investir. Segundo os profissionais de mercados, muitos investidores já estavam antecipando o "upgrade" do Brasil para grau de investimento pela Moody's. . A Moody's elevou de "Ba1" para "Baa3" o "rating" (a nota dada aos papéis) atribuído à dívida soberana do Brasil. A nova classificação é o degrau mais baixo da faixa considerada grau de investimento. "A elevação reflete o reconhecimento pela Moody's de que a capacidade de absorção de choques, incluindo a capacidade de resposta das autoridades, aponta para uma melhora significativa do perfil de crédito soberano do Brasil", segundo a Moody's. Esta é a quarta agência a alçar o país ao grupo dos países considerados confiáveis para investir. Entre abril e maio de 2008, o país recebeu de três fontes diferentes o tão sonhado grau de investimento. Primeiro, em 30 de abril, foi a agência de avaliação de risco Standard & Poor´s. Menos de um mês depois, a agência canadense DBRS tomou a mesma decisão. No dia seguinte, a Fitch também concedeu o grau de investimento.Repercussão"O que surpreende é que a Moody's colocou o Brasil em perspectiva positiva, o que ressalta a força da economia no governo Lula", afirma Claudia Calich, gerente de títulos emergentes da Invesco, em Nova York. "A gente passou pelo grande teste: a gente fez política monetária anticíclica. Em outras crises, a gente sofria muito. O câmbio depreciava demais, a inflação explodia, tinha que subir juros, a atividade econômica ia lá para baixo. Essa foi a primeira crise em que a gente conseguiu baixar os juros dando um suporte para a atividade econômica", avalia Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria. "Na prática, a Moody's estava defasada, o que não mudaria nada. Mas, neste momento de euforia (dos mercados), tudo ajuda. Além disso, alguns fundos internacionais até poderiam ter restrição (em aplicar no Brasil) porque não era grau de investimento pela Moody's", analisa Felipe Brandão, especialista em mercados emergentes da Icap. Para o economista Antònio Madeira, da MCM Consultores Associados, "essa elevação se justifica do ponto de vista de solvência externa". Ele acrescenta que "hoje a situação é muito confortável para o Brasil, há confiança no sistema bancário brasileiro e a economia tende a crescer. "Isso pode ajudar a equilibrar as contas públicas. De uma forma geral, essa avaliação da Moody's é positiva, apesar de a agência já ter antecipado uma perspectiva positiva para o rating brasileiro", continua Madeira. "No que se refere ao dólar, o grau de investimento vem reforçar mais ainda os bons fundamentos do país, o que deve ajudar a manter o real em alta."
(Com informações de Agência Estado e Reuters)
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Rating: conceito, forma de cálculo e importância para o mercado
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Muita gente já se deparou com o termo «rating», porém não tem uma visão clara a que isso se refere. Em poucas palavras, o «rating», ou classificação de risco, se refere ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação estruturada.Ele busca mensurar a probabilidade de default de obrigações financeiras, ou seja, o não pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O «rating» é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o «rating» se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida. Agências de classificaçãoAs empresas freqüentemente pagam para terem suas dívidas classificadas em termos de risco de crédito. Isso porque muitos investidores resistem ou têm limitações legais em comprar títulos sem conhecer seu «rating».As três principais organizações que prestam esse serviço em escala global são as norte-americanas Moody´s, Standard & Poors´s (S&P) e Fitch «rating»s. A classificação é revista periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) de uma empresa ou país pode se alterar de um período ao outro. Forma de classificaçãoAs definições usadas baseiam-se na probabilidade de inadimplência da empresa e na proteção que os credores têm nesse caso. Para realizar uma classificação de risco de crédito, as agências de «rating» recorrem tanto a técnicas quantitativas, como análise de balanço, fluxo de caixa e projeções estatísticas, quanto a análises de elementos qualitativos, como ambiente externo, questões jurídicas e percepções sobre o emissor e seus processos. Além de a classificação envolver avaliação de garantias e proteções (hedge) contra riscos levantados, ela também incorpora o fator tempo. Este último influencia a definição do «rating», pois maiores horizontes implicam em maior imprevisibilidade. Desta forma, uma mesma empresa pode apresentar títulos de dívida com diferentes notas, de acordo com as garantias oferecidas, prazos estabelecidos, dentre outras características.As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3, são consideradas como investment grade, ou grau de investimento, enquanto as abaixo são consideradas como speculative grade, ou de grau especulativo. Tipos de «rating»sExistem duas escalas diferenciadas para os «rating»s: internacional e nacional. Um «rating» em escala internacional pode ser tanto em moeda local como em moeda estrangeira e representa uma medida absoluta da capacidade de pagamento das dívidas denominadas, respectivamente, em moeda local ou estrangeira. Os «rating»s em escala internacional, sejam em moeda local ou estrangeira, são comparáveis entre países.Já os «rating»s em escala nacional não são comparáveis em escala internacional. Classificações similares em escala nacional de emissores em países diferentes podem mostrar grandes diferenças na capacidade de pagamento. Por exemplo, um «rating» AAA (bra) na escala brasileira não é comparável com um AAA (chl) ou AAA (ven) nas escalas chilena e venezuelana, respectivamente. «Rating» em moeda local e moeda estrangeiraConsiderando que sejam definidos em escala internacional, tanto os «rating»s em moeda estrangeira como os em moeda local são comparáveis internacionalmente. «rating»s em moeda local medem a probabilidade de pagamento na moeda do país e na jurisdição em questão. Eles excluem o efeito do risco-país e o risco de transferência, não refletindo a possibilidade de os investidores virem a ter dificuldades para repatriar o recebimento de principal e juros. Entre outros, o objetivo deste «rating» é permitir ao investidor comparar o risco de emissor de diferentes países, ou até mesmo de um mesmo país, isolado de riscos de transferência. Prazo e comparação com risco paísAs agências também diferenciam os «rating»s de acordo com prazo. O «rating» de curto prazo refere-se à capacidade de pagamento de uma obrigação financeira de até 12 meses. Já obrigações com prazo superior a 12 meses passam a receber classificação de longo prazo.É importante destacar que os conceitos de risco país e de «rating» soberano são bastante diferentes. Enquanto um se refere a uma medida de rentabilidade calculada pelo banco norte-americano JP Morgan, o «rating» mede a capacidade de pagamento. Muitas vezes, no entanto, países com «rating»s elevados apresentam risco país mais baixo, e vice-versa, indicando uma relação entre os dois indicadores.
Fonte: Infomoney
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Brasil alcança grau de investimento da agência Moody's
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O Brasil conquistou o selo "grau de investimento" por mais uma importante agência de classificação de risco. Nesta terça-feira, 22, a Moody''s elevou a nota do País para "Baa3". No dia 30 de abril do ano passado, o Brasil se tornou grau de investimento pela avaliação da Standard & Poor''s. E em 29 de maio de 2008 foi a vez da Fitch atribuir essa nota ao País.Veja também: .
A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado "grau de investimento". Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação."A Moody''s Investors Service elevou os ratings de dívida do Governo do Brasil em moeda local e estrangeira do grau especulativo Ba1 para Baa3, patamar inicial para créditos com grau de investimento. A perspectiva para os novos ratings é positiva. A elevação reflete o reconhecimento pela Moody''s de que a capacidade de absorção de choques, incluindo a capacidade de resposta das autoridades, aponta para uma melhora significativa do perfil de crédito soberano do Brasil," afirmou Mauro Leos, Regional Credit Officer da Moody''s para a América Latina.Evidências de robusta flexibilidade econômica e financeira, tipicamente associados a créditos com grau de investimento, podem ser vistas na rápida contração do PIB, no enfraquecimento mínimo das posições de reservas internacionais do país, na moderada deterioração dos indicadores de dívida do governo e na ausência de estresse financeiro no sistema bancário" afirmou Leos. Estas características sugerem que o Brasil é um "vencedor" se comparado aos outros países globalmente integrados classificados pela Moody''s."Ainda que a economia apresente crescimento negativo do PIB em 2009 e as contas fiscais sofram deterioração em relação aos anos anteriores, afirmou Leos, o desempenho geral do Brasil provou ser melhor do que a maioria dos países classificados como grau de investimento na categoria Baa, onde o Brasil agora está situado."Leos afirmou que a elevação do rating é parte de um processo continuo para identificar países que se tornaram "vencedores" durante o período de turbulência financeira e econômica global. Este processo levou a um reajuste dos ratings soberanos na escala global para certos países cujos perfis de crédito soberano, ao mesmo tempo em que seguiram por um caminho positivo no médio prazo, provaram ser menos vulneráveis em comparação aos seus pares.O teto soberano do Brasil para dívida em moeda estrangeira também foi elevado de Baa3 para Baa2, e o teto soberano para depósitos bancários em moeda estrangeira foi elevado de Ba2 para Baa3. Estes ratings têm perspectiva positiva. Os tetos do país em moeda local para depósitos e dívidas não foram afetados.A ultima ação de ratings do Brasil foi feita no dia 6 de julho de 2009, ocasião em que a Moody''s colocou os ratings de dívida do governo em moeda local e estrangeira em revisão para possível elevação. O teto soberano do Brasil para dívida em moeda estrangeira também foi colocado em revisão, assim como o teto soberano para depósitos bancários em moeda estrangeira."
Fonte: Jornal Estadão

Remuneração de vendedores

Ao abordarmos o tema remuneração, qualquer que seja, podemos, primeiramente, indagar: o que é um salário justo?
Com certeza, as opiniões sobre o tema irão variar em função da própria subjetividade inerente a definição do conceito de justiça. Para efeitos práticos, poderíamos considerar que salário justo é aquele capaz de prover um indivíduo de suas necessidades. Este critério aproxima a definição de salário justo da máxima socialista: "De cada um de acordo com suas possibilidades, a cada um de acordo com suas necessidades".
Mas se dois funcionários exercem a mesma função, é cabível que um deles ganhe mais porque é casado e tem filhos e o outro é solteiro e mora com os pais? Parece-nos que o segundo tenderá a não se sentir satisfeito, ainda mais se o seu desempenho superar o do colega casado. Outra proposta envolve o nível de responsabilidade – um salário, para ser justo, deve ser adequado a este nível. Mas e se tentássemos avaliar o trabalho de um enfermeiro ou de um instrumentador? Facilmente perceberíamos que desempenham funções de altíssima responsabilidade. Entretanto, é sabido que o nível de ganho desses profissionais não é dos mais elevados. E como ficaria o caso de um pedreiro, cuja responsabilidade pela qualidade de seu produto final – notadamente em termos de segurança do proprietário – é grande, mas seu nível salarial é baixo? .
Continuando no caminho das reflexões, aventemos que um salário justo seja relativo ao nível de habilidades e conhecimentos de cada pessoa. Mas uma pessoa - mesmo com um nível alto de habilidades e conhecimentos - que não contribui efetivamente para o atingimento de resultados expressivos deve ganhar mais do que aquela que se esforça e supera suas limitações iniciais? Poderíamos, então, dizer que o salário é justo quando guarda relação com os resultados obtidos. Mas e no caso de um vendedor que consegue alto volume de vendas – o que pode ser considerado um resultado expressivo – por meio de mentiras e promessas infundadas? Ou seja, alcança resultados expressivos no curto prazo, mas enfraquece ou até mesmo inviabiliza resultados no longo prazo.
. Realmente discutir o que é salário justo é, no mínimo, complexo. Mas tentemos particularizar a discussão para a questão da remuneração das equipes de vendas. Nesse particular, uma discussão bastante freqüente é se a remuneração desses profissionais deve ser fixa ou variável. Ambas as formas apresentam vantagens e desvantagens para a empresa e para o funcionário. O salário fixo fornece garantia de um ganho mínimo para o vendedor, mesmo que ele atravesse um "mau momento". Para a empresa, permite um melhor gerenciamento financeiro, pois o salário torna-se um custo fixo. O perigo está na acomodação do vendedor, que por mais que se dedique não recebe qualquer reconhecimento financeiro por seu esforço adicional. Por outro lado, o salário variável traz benefícios aos vendedores e à empresa no que diz respeito à motivação.
. Mas apresenta uma certa complexidade na sua gestão – caso não seja entendido apenas como um percentual sobre as vendas – e reduz a segurança do vendedor, que terá dificuldades em assumir compromissos financeiros de mais longo prazo. Face a este imbróglio, perguntamos: qual a melhor opção?
. Quem pode nos ajudar na resposta é a própria Constituição Federal de 1988, que estabelece a possibilidade da participação dos trabalhadores nos lucros e/ou nos resultados. Entretanto, existe uma grande diferença entre a participação nos lucros e a participação nos resultados. O lucro é uma medida contábil, resultado da diferença entre receita e despesa e pode ser manipulado. A participação nos resultados, por sua vez, é estabelecida a partir de indicadores definidos pela própria empresa, que podem ser dos mais variados. Obviamente, no caso da área de vendas, os mais importantes referem-se a volume comercializado e satisfação dos clientes, mas é a empresa quem deve definir quais os indicadores mais importantes para cada um destes aspectos.
. Peguemos por exemplo a questão da satisfação dos clientes. É possível mensurá-la com precisão? Evidentemente que não. Mas existem alguns indicadores que auxiliam os administradores a avaliá-la – recompra, taxa de reclamações, número de devoluções, entre outros. A partir destes indicadores é que as empresas devem avaliar e, conseqüentemente, remunerar seus vendedores.
. Mas a escolha sobre que indicadores utilizar é uma decisão estratégica, pois é preciso adequá-los aos seus objetivos corporativos, ao seu posicionamento, às características de seu produto ou serviço, às características de seu mercado-alvo. Por exemplo, para um produto ou serviço que impõe ao cliente um alto custo de mudança – um plano de saúde, p.ex., exige prazos de carência - a recompra ou a taxa de manutenção dos clientes deveria ter menor peso do que para aquele de baixo custo de mudança. Da mesma forma, as opções pertinentes à estratégia empresarial e as características do mercado-alvo implicarão na determinação de indicadores adequados à sua realidade.
. Outro aspecto que deve ser analisado é a relação entre a oferta da empresa e a demanda de mercado. Caso a oferta seja inferior à demanda, a venda é praticamente garantida; seus vendedores não precisam envidar grandes esforços para atender o mercado. Neste caso, a política de salários variáveis é menos relevante. Na situação contrária – oferta superior à demanda – o esforço dos vendedores em conseguir vendas marginais deve ser recompensado. Aliás – voltando a questão inicial – na nossa opinião é a relação entre oferta e demanda que determina o que é um salário justo. O salário justo é aquele que equilibra a oferta e a demanda no mercado de trabalho por determinado cargo ou função. Por exemplo, se existem muitos motoristas de ônibus no mercado, as empresas de transporte rodoviário tenderão a forçar os salários para baixo, pagando menos aos motoristas. Se, ao contrário, o número de motoristas for pequeno, a empresa terá que remunerá-los a "preço de ouro". Isto vale para qualquer cargo ou função.
. Com os vendedores a realidade é a mesma. No entanto, para determinar adequadamente o nível salarial de seus vendedores, não devemos nos esquecer de avaliar aspectos como os indicadores adequados de desempenho e a relação entre oferta e demanda do produto no mercado.
OBS. Material retirado dos programas de Vendas/Marketing João Baptista Vilhena Diretor do Instituto MVC
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Você sabe trabalhar em equipe e delegar atividades?

Sempre que puder, delegue atividades.
Não apenas as tarefas mas maçantes, mas aquelas que possam desenvolver algumas habilidades de seus subordinados. Quando bem dirigido, o funcionário poderá ser prestigiado, com liberdade e autonomia para solucionar alguns problemas. Observe, coordene, acima de tudo deixe que a pessoa faça sozinha!
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- Veja de perto o que sua empresa está fazendo, visitando todos os setores da empresa. A intenção não é verificar quem está fazendo algo de errado, mas estar por dentro do que acontece, analisar como anda o ânimo dos funcionários, se a casa funciona conforme a sua orientação. Se você tem uma telefonista na central de informações, ligue como se fosse um cliente e observe como é o atendimento. Saiba se seus funcionários espelham a sua atitude quando você não está presente.
- Cobre resultados e comemore as vitórias. Trace metas desafiadoras, mas possíveis de serem cumpridas. Ao alcançar o objetivo, divida os louros com a sua equipe. Reconheça o esforço de todos com uma compensação material, um benefício e, ainda, um agradecimento. Sim! Diga "muito obrigado" a seus funcionários.
- Valorize quem quer crescer. Ajude os funcionários que têm interesse em terminar os estudos, aprender outro idioma ou fazer cursos de aperfeiçoamento. Se possível, traga o reconhecimento até o local de trabalho, por meio de livros e revistas atualizadas, palestras e cursos com assuntos relevantes.
- Lembre-se do aniversário do seu funcionário. Outras datas como Natal e Páscoa também são importantes para que ele saiba que você se preocupa com o seu estado de espírito.
- Administrar bem uma equipe exige dois elementos: força e carisma. A força é a autoridade formal, enquanto o carisma é autoridade conquistada. Se a credibilidade desaparecer, o carisma se irá com ela, deixando a força como único instrumento de influência. Tome cuidado, portanto, com o exemplo que você dá na sua empresa. Seja um líder inovador, que apóia e orienta pessoas, incentiva as boas atitudes e aponta erros sem magoar ou humilhar ninguém.
- Escolha, treine a melhor equipe do seu mercado e a torne cada vez melhor.
Fonte: RH Portal
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domingo, 27 de setembro de 2009

Alta rotatividade de funcionários -Turnover

Turnover significa a rotatividade de pessoal de uma empresa e é um excelente indicador de saúde da mesma.
Quando excessivo, indica que algo está errado na organização. É o momento de analisar o por quê dessa alta rotatividade, afinal, não podemos esquecer que os chamados funcionários são antes de tudo pessoas. Essas pessoas tem necessidades e criam vínculos dinâmicos de relacionamento com os colegas da empresa, ou mesmo com clientes e fornecedores.
Os colaboradores de uma organização detêm o conhecimento das rotinas de trabalho, o que a empresa produz ou quais serviços ela presta e, após algum tempo na mesma, esses profissionais passam a dominar essas atividades e a desempenhá-las sem maiores problemas.
Quando alguém da equipe sai, as atividades sofrem mudanças que em maior ou menor grau afetam a organização. Assim como um motor que para de funcionar caso alguma engrenagem se deteriore, a empresa também sente essa saída.
Apesar de muitas empresas acreditarem que, quando uma saída de colaborador é por sua decisão e portanto, não a afetará, isto é um engano. Qualquer saída é traumática para a organização, por mais argumentos que existam a seu favor. Basta imaginar o quanto foi gasto com treinamento dessa mão-de-obra, com a burocracia contratual, benefícios, encargos e outros gastos operacionais não tão facilmente mensuráveis, para notarmos que de uma forma ou de outra, a empresa sempre sai perdendo nesse caso. Talvez uma política de contratação mais adequada ou um processo de contratação melhor executado, ou mesmo, uma melhor definição das atribuições do cargo poderiam ter evitado esses gastos inúteis e o trauma gerado ao colaborador demitido.
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RETENDO TALENTOS
Apesar de óbvio, será que as empresas realmente estão valorizando seus talentos e suprindo suas necessidades, a fim de não perdê-los para a concorrência? Será que melhores salários, treinamento adequado, concessão de benefícios e melhora do ambiente de trabalho poderão retê-los?Para saber o que motiva um colaborador a deixar a empresa, utilize a entrevista de desligamento para isso. Questione o por quê da saída, não perca essa oportunidade de saber o que está ocorrendo.Em se tratando de reter talentos na empresa, notamos que o treinamento sempre é fundamental. Uma prática que está se tornando comum nas grandes empresas, é o chamado e-learning, ou seja, a possibilidade de aprendizagem a distância, proporcionada pelo uso cada vez mais freqüente da internet e de intranets nas organizações. O e-learning é uma maneira rápida de permitir que uma quantidade maior de funcionários tenha acesso a treinamentos, que podem ser realizados em horários diferentes, conforme a disponibilidade de cada um, e que tem conseguido índices superiores de retenção em relação aos treinamentos tradicionais, principalmente porque o controle do aprendizado está nas mãos do próprio estudante e não nas do instrutor.
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Outra técnica interessante, denominada job rotation (aplicável também para a diminuição dos conflitos), está muito em voga. Leva em consideração o fato de que se não há possibilidade de ascensão profissional vertical (promoção) de um funcionário, em vez de vê-lo sair para trabalhar na concorrência, novas possibilidades lhe são abertas quando ocorre a promoção horizontal, ocasionada pela troca de função e atribuição de novas responsabilidades, sem perda do padrão. Isso faz com que ele se torne um profissional polivalente, capaz de atuar em diversas atividades diferentes, bem como o incentiva através de novos desafios e aumento de conhecimentos, obtidos na organização. No mundo de hoje, ele será um profissional mais valioso do que se for apenas especialista em uma coisa. Para a empresa, além de manter um bom funcionário em seus quadros, também estará formando um possível futuro ocupante de cargos de chefia.
Creiam-me, se um funcionário puder, ele preferirá crescer dentro da própria empresa em que trabalha e possui o círculo de amizades, a mudar para outra que é uma incógnita. Vivenciei muito disso em meus anos de trabalho.
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NOVAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Nos dias atuais, os profissionais não podem mais comportar-se como antigamente, sob pena de tornarem-se obsoletos. E para adaptarem-se ao esquema da Produção Flexível (baseado no aumento da produtividade e flexibilidade do trabalhador e das empresas), devem se esforçar para desenvolver as novas competências que os tempos atuais exigem.
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Segundo a Profª Ana Beatriz Carvalho, da FGV Management, essas competências abordam essencialmente:
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- Iniciativa e capacidade de julgamento e liderança.
- Uma atenção maior aos detalhes, manutenção de raciocínio crítico e criativo.
- Um aumento na autoconfiança, segurança e persistência.
- Espírito de colaboração.
- Um compromisso e envolvimento maior com a organização, bem como manter atitudes pró-ativas em relação aos valores da empresa.
- Aprimoramento do conhecimento técnico.
- Preocupar-se com o desenvolvimento das pessoas.
- Estimular a comunicação.
- Manter sempre o foco no cliente.
- Orientação contínua para o aprendizado, produtividade e busca por resultados.
- Busca contínua pela qualidade.
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Essas competências podem ser adquiridas no dia-a-dia, através das atividades desempenhadas e por meio de treinamentos e devem ser sempre exercidas de forma ética.
Por sua vez, a empresa deve incentivá-las, permitindo sua aplicação sem entraves de qualquer tipo. A retenção de talentos e o incentivo à obtenção por parte dos colaboradores de novas competências profissionais, gera benefícios mútuos e duradouros.
Fonte: RH Portal
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sábado, 26 de setembro de 2009

E tudo mudou...

E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios,
Que virou sutiã,
Que virou lib,
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
... De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças
Fonte: Luis Fernando Veríssimo - Escritor
Hasta la vista, Baby!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

21 dicas poderosas para levar na mochila de quem está vivendo o século XXI.

1) Tenha sempre por perto algum objeto que o faça lembrar de alguma conquista importante.
2) Troque este objeto periodicamente. Cada nova conquista é uma nova injeção poderosa de motivação.
3) Faça um diário. Isso é autoconhecimento e aprimoramento pessoal também.
4) Faça pequenas mensagens de otimismo e espalhe pelo escritório ou casa, para animá-lo em momentos inesperados.
5) Instaure o seu Happy Day. Reserve um dia, regularmente, só para você fazer tudo o que você mais gosta.
6) Use as palavras mágicas: “por favor”, “desculpe” e “com licença”.
7) Busque sempre o lado positivo das coisas. Isto atrai coisas ainda melhores.
8) Expresse suas críticas entre dois elogios sinceros. Assim você muda seu comportamento e faz críticas construtivas.
9) Atenção com a sua postura. Sentar em posição ereta dá mais disposição para realizar tarefas.
10) Faça nosso curso gratuito de Planejamento Estratégico Pessoal , que pode elevar em até 80% as chances de você realizar os seus sonhos.
11) Leia seu planejamento diariamente, no mínimo, duas vezes. Isto aumenta em 20% as chances de realizações dos seus projetos. Como você vê, o século 21 será de realizações.
12) Medite uma vez por dia e se permita “sonhar acordado”. Sonhar alonga a vida.
13) Seja solidário, pratique boas ações diariamente.
14) Respeite o meio ambiente. Não use a água e outros recursos naturais desnecessariamente.
15) A responsabilidade social fortalece a motivação e a auto-estima. Engaje-se em ONG’s e causas sociais.
16) Compartilhe idéias e opiniões, respeitando a posição das outras pessoas, mas sem abrir mão de seus ideais. Não vale a pena.
17) Trabalhe com bom humor. Isto integra as equipes e traz harmonia ao ambiente profissional.
18) Pergunte sempre. Seja curioso. Está é uma maneira de se conhecer melhor e de demonstrar interesse pelas pessoas.
19) Crie um jornal, boletim, site ou blog de boas idéias e humor com colegas de trabalho, amigos e parentes. Exercite a criatividade!
20) Pratique o relaxamento. Estresse e discernimento não combinam.
21) Desafie-se! Faça tudo diferente, pelo menos um dia por mês. Use o bom senso , escute o coração e dispense a lógica sem culpas ou medos.
Seja feliz!
Fonte: Leila Navarro, palestrante.
Hasta la vista, Baby!!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Plano Real: 15 anos

Em 1º de julho deste ano, o Real completou 15 anos. Prós e contras fizeram parte desta história. Uma questão que é fato foi a quebra da inflação inercial crescente, que prejudicou a economia brasileira ao longo da segunda metade dos anos 80 e primeira metade dos anos 90. Lembro-me como se fosse hoje, quando o Real foi implementado, em 1º de julho de 1994. Era uma bela manhã de sol e eu, em companhia de um amigo (Arnaldo) que também cursava a graduação em Ciências Econômicas na Universidade Federal de Alagoas, dirigimo-nos a uma agência bancária no próprio Campus da Universidade com alguns Cruzeiros Reais (CR$), moeda da época, para trocarmos pela nova moeda, o Real.
Cada CR$ 2.750,00 foi trocado por R$ 1,00. Essa cotação começou a ser definida em março daquele ano, quando os preços na economia passaram a ser cotados em URV (Unidade Real de Valor), que equivaleria a US$ 1,00. Com isso, em 1º de julho, o a cotação de R$ 1,00 era exatamente US$ 1,00. A URV visou alinhar os preços da economia e preparar a entrada do Real. Com isso, diminuiria o risco de um desalinhamento de preços que contribuiu, entre outras causas, para o fracasso do Plano Cruzado, em 1986. A grande conquista do Plano Real foi quebrar com a inércia inflacionária crescente, ou seja, os agentes econômicos reajustavam seus preços baseados na inflação passada acrescida de algum ágio. Isso provocava um espiral crescente nos preços. Muitos planos anteriores, com congelamentos, quebravam momentaneamente esse ciclo. Mas devido às suas peculiaridades, tais planos obtiveram resultados efêmeros nos que diz respeito ao controle da inflação (Planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor etc.). O medo de um novo congelamento fez com que os empresários remarcassem de modo crescente os preços nos meses que antecederam a implementação do Real. Em junho de 1994, a inflação mensal chegou a 50%, o que equivale a 12.874,63% ao ano. E para relembrar um susto maior ainda, em fevereiro de 1990, quando o governo Sarney saíra e passara o cargo para Collor, a inflação mensal beirou 83%, o que equivale a 140.962,99% ao ano. Inimaginável para os mais jovens, que nunca souberam o que era conviver com remarcações de preços diárias. Lembro-me que minha falecida mãe Gilda recebia o salário e naquele mesmo dia íamos ao supermercado para fazermos a feira do mês, pois no dia seguinte os preços já estavam maiores. Chegou a um ponto em que de manhã era um preço e a tarde já era outro maior. As remarcações aconteciam mais de uma vez ao dia. Dá para imaginar uma situação dessa? Como eu sempre digo, inflação é coisa demoníaca e precisava ser exorcizada. Como uma empresa poderia fazer um planejamento? Como uma família administrava o orçamento doméstico? Difícil responder. As classes mais pobres eram as que mais sofriam (como sempre!), pois possuem uma maior propensão a consumir da sua renda (gastam maior parte da sua renda em consumo). E para piorar ainda mais a situação, tais classes não tinham muitas facilidades dos mecanismos de correção monetária que protegiam parcialmente o dinheiro das classes médias e altas nas aplicações de curtíssimo prazo.Só por essa situação, podem-se perceber os benefícios do Real. Entretanto, ao longo desses 15 anos, a economia não viveu em um “mar de flores”. O primeiro mandato de FHC, 1995/98, e o governo Lula (até a eclosão da atual crise) foram amparados pela âncora cambial (controle da inflação com câmbio apreciado). Já o segundo mandato de FHC 1999/2002 teve o suporte da âncora monetária (controle da inflação com taxas de juros altas), que somente combate inflação de demanda. Juros altos têm um efeito colateral perverso que é o aumento do desemprego e alimenta a inflação de custos.
Uma das maiores conquistas do Plano Real foi o controle da inflação. As âncoras cambial e monetária foram os principais instrumentos utilizados para este fim. O primeiro mandato de FHC teve o auxílio da âncora cambial para controlar os preços na economia. Esta consiste na apreciação da taxa de câmbio de modo a tornar os produtos importados mais baratos. Em 1º de julho de 1994, quando da implantação do Real, U$$ 1 = R$ 1, entretanto, em novembro daquele mesmo ano, a taxa de câmbio chegou a seguinte cotação: U$$ 1 = R$ 0,83. Um dos fatores responsáveis por essa apreciação foram as elevadas taxas de juros já praticadas na economia brasileira à época que contribuíram para ampliar o ingresso de capital externo especulativo em busca de remunerações elevadas. Aliado a essa situação, Ciro Gomes, Ministro da Fazenda na ocasião, ainda reduziu consideravelmente as alíquotas de produtos importados. Com essa dupla força, o ingresso de importados aumentou na economia brasileira e contribuiu para aumentar a concorrência com os produtos nacionais. Além disso, as safras agrícolas recordes também contribuíram para a baixa dos preços dos alimentos: foi a chamada âncora verde. A elevada apreciação cambial a que chegou o Real imineciava uma breve depreciação. Esta ocorreu em 13 de janeiro de 1999, poucos dias após a posse de FHC em seu segundo mandato. A taxa de câmbio passou de U$$ 1=R$ 1,54 para U$$ 1=R$ 2,14 e o governo abandonou a âncora cambial e passou a adotar a âncora monetária como principal instrumento para controlar a inflação, ou seja, fortaleceu a prática de juros altos para desaquecer a demanda e com isso diminuir a pressão nos preços. Vale ressaltar que juros altos controlam a inflação se esta for de demanda, mas por outro lado, pode alimentar a inflação de custos. Vale lembrar também que juros altos, por desaquecerem a demanda agregada, diminuem o nível de emprego na economia. Já nos dois mandatos do Lula, a taxa de câmbio que havia chegado U$$ 1=R$ 3,99 poucos meses da eleição que deu a vitória ao próprio Lula, voltou à casa de U$$ 1=R$ 1,55 até antes da eclosão da atual crise, em meados de 2008. Isso mostra que a âncora cambial foi muito importante para controlar os preços na era Lula. Enfim, controlar a inflação é fundamental, mas deve-se ter em mente que tão importante quanto é possibilitar o crescimento do emprego. Esse é um dilema que a teoria econômica carrega há muito tempo.
Fonte: Fernando Antônio Agra é Economista pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL),
Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV)
e professor universitário das faculdades:
Vianna Júnior, Estácio de Sá e Universo e
do curso de Formação Gerencial do Instituto Educacional Machado Sobrinho,
sendo todas as instituições em Juiz de Fora - MG
Hasta la vista, Baby!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O que as Organizações esperam de suas lideranças?

Temos observado, através da mídia e das organizações, que o cenário nacional e internacional, ora de crise, ora de crescimento, representa um grande desafio para as empresas, principalmente no que diz respeito à gestão de talentos. São muitas as questões que se formulam e velozes são as mudanças nestas respostas:
* O que as organizações esperam de suas lideranças?
* Como preparar e gerir talentos de alta performance?
* Como envolver o capital humano na direção das estratégias e demandas do negócio?
* Como alinhar o perfil do gestor às demandas do negócio?
A grande maioria das empresas apresenta dificuldades para atrair e reter talentos, com competências específicas. A análise de competências e perfis específicos dos funcionários é a ferramenta necessária para as empresas alcançarem resultados no curto prazo.
A Rota de Desenvolvimento é um conceito que vem sendo cada vez mais utilizado. É uma prática na qual a empresa identifica as carreiras existentes nos seus diferentes níveis ou estágios de maturidade, baseados em competências e desempenho dos seus colaboradores. A ampla análise de perfil e competências do profissional, alinhada à Rota de Desenvolvimento, torna as empresas capazes de identificar a existência de gaps e, dessa maneira, os colaboradores são estimulados a se autodesenvolver, uma vez que os programas de capacitação oferecidos pelas empresas podem não atender de modo pleno as demandas de desenvolvimento. Assim, para que o executivo ou o talento alcance a alta performance desejável e a adequação à estratégia de negócios, aos valores e à cultura das empresas é preciso aliar o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes frente às demandas atuais e futuras do negócio.
O mercado pede perfis mais abrangentes, que tenham visão estratégica e habilidades multifuncionais. A capacidade de aprender e a constante lapidação das competências são estratégias fundamentais para o êxito dos executivos. Além da busca por MBAs, cursos de pós-graduação e de extensão, os profissionais devem ficar atentos a tudo que se relaciona ao negócio com o qual eles estão engajados (artigos, livros, palestras, seminários, congressos etc.). Com isso, sempre poderão sair na frente.
A constante reflexão de carreira deve ser uma prática, pois as exigências das organizações apontam cada vez mais para a necessidade de diferenciais competitivos no capital humano para atender as expectativas do mercado globalizado.
Foco no negócio passou a ser imprescindível.
Abraço e até a próxima!!!
Fonte: HSM On-Line Alberto Pirró Ruggiero
Hasta la vista, Baby!!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Calculando custos, produtividade e Ponto de Equilíbrio

Busca de Resultados pela Produtividade
. A busca de resultados financeiros de qualquer empreendimento , requer o conhecimento da capacidade que a Empresa têm de todos os recursos técnicos , materiais e humanos ; e também todos os aspectos Operacionais Econômicos / Financeiros que possam alavancar a sua operação. Para iniciar o processo de Análise e aplicações de soluções práticas é preciso conhecer os parâmetros que envolvem a análise da Alavancagem Operacional ou Ponto de Equilíbrio Operacional. ( Break even point ).
. O Ponto de Equilíbrio Operacional identifica o volume de operações da empresa em que a receita total (RT) se iguala ao custo total (CT) que é o resultado da soma dos custos fixos aos custos variáveis. Custos fixos = são aqueles que não variam , independentemente do nível de atividade da empresa , ou seja , produzindo-se ou vendendo-se em qualquer quantidade , os custos fixos existirão e serão os mesmos. Custos variáveis = são aqueles que variam proporcionalmente às vendas realizadas ou nível de produção industrial. .
Exemplos: Custos fixos : salários e encargos da administração , Pró labore , alugueis , tarifas de água / telefones / energia elétrica , prestadores de serviços ( contador / advogados / assessorias ) manutenção , propaganda , seguros etc... Custos variáveis: Matéria prima , insumos diretos , embalagens ,comissão de vendas , impostos diretos de venda ( ICMS / SIMPLES / ISS / PIS / CONFINS / IPI / IRPI / CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ) fretes de vendas , mão de obra industrial .comissão de administradora de cartão de crédito, mão de obra terceirizada. Ponto de equilíbrio RT = CT = CF + CV PEO = Ponto de equilíbrio operacional = RT - CT = 0 .
A Empresa passa a ter lucros quando a Receita Total ( RT ) passa a ser maior do que os Custos Totais ( CT ) , isto é , quando a Receita Total ultrapassa o PEO. O Lucro cresce de forma proporcional a medida que a receitas crescem , até que param de crescer motivados por aumento nos custos ou descontos nas vendas , chamemos este ponto de PLD , o Ponto de Lucro Decrescente.
. É importante a Empresa conhecer estes dois pontos de indicadores financeiros para nortear todas as demais atividades da Empresa , seja ela na área comercial , industrial ou técnico. PEO é ponto operacional financeiro que as áreas comerciais e industriais devem atingir quanto antes no mês vigente operando de forma padronizada sem aumentar os custos . Como exemplo , se o área industrial trabalha com horas extras o PEO será maior , pois haverá aumento de custo na mão de obra industrial. PLD é o ponto operacional financeiro em os lucros param de crescer com as vendas e alguns casos podendo até diminuir dependendo de quanto os custos subiram , sejam na área industrial , comercial ou financeiro. O PLD nos sinaliza o ponto em que não adianta vender acima deste ponto , pois o lucro não crescerá mais ficando estabilizado. Há casos em que os custos após o PLD aumentam exageradamente que os lucros auferidos até este ponto podem ser perdidos, isto é , operacionalmente os resultados passam a ser negativos.
Pelo gráfico podemos notar que os Valores do Faturamento é menor do que os custos para quantidades abaixo do PEO , isto é , há um prejuízo operacional da diferença dos valores. A Empresa passa a ter lucro somente quando as vendas ultrapassam as quantidades / valores do PEO.
. Cálculo dos valores do PEO.
. Quando ocorre o PEO >> RT - CT = 0 .: CT = CF + CV , substituído na primeira expressão teremos : RT - CF -CV = 0 .: RT = n x PV e CV = n x Cv unit. n = quantidade .: PV = preço de venda unitário .: Cv unit. = custo de venda unitário CF = total de custos fixos.
Ao analisarmos as fórmulas que determinam o ponto de Equilíbrio Operacional , observamos que quatro pontos são fundamentais : 1- Quanto menor for o custo fixo menor será o valor do PEO. 2- Quanto maior for a margem de contribuição menor será o valor do PEO. 3- Quanto mais a quantidade "n" ultrapassar o ponto de equilíbrio maior será o valor do lucro, o que nos leva a conclusão de que quanto antes atingirmos o PEO melhores serão os resultados da empresa. 4- Quanto menor for o custo variável maior será a Margem de contribuição , portanto menor será o PEO. O que compõe os Custos Fixos:
. Salários da Administração + Encargos sociais + Provisões férias /13º salário. Pró labore Avisos prévios / cestas básicas / vale transporte / convênios médicos / vale refeição / seguros Aluguel / IPTU Prestadores de Serviços : contadores / advogados / assessores. Tarifas públicas / energia : En. elétrica / telefones / água / gás / combustíveis. Manutenção : Prédios / veículos / equipamentos . Depreciação de Máquinas , Equipamentos , Instalações e Prédios. Marketing / publicidade Jornais / publicações. Juros / multas / leasing / franquias / royalties Viagens / estadias / associações de classes Impressos / materiais de escritório / materiais de limpeza etc... O que compõe os Custos Variáveis:
. Matéria prima , insumos diretos Mão de obra Industrial. Comissões sobre vendas. Impôstos diretos : ICMS /IPI / PIS /CONFINS /ISS / SIMPLES /IRPJ. Fretes e seguros de transporte. Desconto bancário / Administradora de Cartão de Crédito. Como podemos melhorar os resultados de uma empresa ?
. AUMENTAR A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO. REDUZIR OS CUSTOS FIXOS. REDUZIR OS CUSTOS VARIÁVEIS. ATINGIR QUANTO ANTES O PEO DENTRO DO PERÍODO ANALISADO. PRODUTIVIDADE : Antes de iniciarmos qualquer Análise de resultados é importante entender bem os seus conceitos. "Produtividade industrial é o resultado Econômico da utilização dos recursos humanos, materiais , técnicos , logísticos e financeiros que a empresa aloca para obtê-lo ". A Produtividade será maior quanto mais eficaz for a utilização dos recursos empregados. . ANALISEMOS CADA UM DOS CASOS : .
Aumentar a margem de contribuição:
. -Pode ser feita aumentando o PV ( Preço de Venda) , que não é a solução recomendada , pois o PV hoje é estipulado pelo mercado ; ou , diminuindo se os custos variáveis ( trataremos com detalhes no item de custos variáveis ) -Reduzir os custos fixos : Todos os custos relacionados como fixos de alguma forma deve resultar em Benefícios para Empresa ,uma vez cessada os benefícios destes custos , uma análise do custo deve ser feita para verificar se compensa manter o custo ou eliminá-lo. Todos os custos devem ser minimizados e todos os desperdícios devem ser eliminados sempre. -Procedimentos que visem o uso racional de materiais , serviços e produtos sempre que necessários devem ser implementados e adotados por todos indistintamente da posição hierárquica na empresa . -Campanhas de Combate aos Desperdícios devem ser feitas de forma contínua e com envolvimento de todos funcionários . É importante anotar indicadores antes das Campanhas , e acompanhamento dos resultados com o desenrolar das ações , e dando destaque aos melhores resultados conseguidos. . Reduzir os custos variáveis :
. -Reduzir os custos de Matéria Prima e insumos diretos pode ser feito atravéz de otimização do uso de materiais por meio de planejamento bem elaborado no corte das peças dos produtos ; bem como na escolha adequada das dimensões dos materiais para minimizar as perdas em aparas / retalhos . -Muitas vezes pequenas alterações dimensionais que não afetam o Performance ou Estética do Produto podem gerar ganhos significativos com a diminuição de aparas / retalhos de matéria prima. -A Programação da Produção e o Planejamento de compras deve ser Planejada e controlada de forma integrada , pois neste caso tanto o " excesso" como a "falta" de Materiais podem provocar o aumento nos custos Industriais. -Com relação à Materiais devemos estar atentos ao mercado que todos dias apresenta novas soluções à custos menores tanto para a Matéria Prima ou Insumos diretos . -Evitar perda de Matéria Prima por obsoletismo , através de planejamento de Compras , nas mudanças de modelos dos produtos e padrões da matéria prima. -Mão de Obra industrial pode ser reduzida melhorando o seu desempenho por meio de treinamento , racionalizando-se os Processos e Métodos Produtivos , por melhoria de organização e layout do local de trabalho , eliminando e minimizando atividades na produção que não agreguem valores aos produtos e serviços. -Incorporação de Tecnologia aos Processos Produtivos com a utilização de Ferramentas ou -Máquinas mais velozes ou automatizadas e também a mecanização de Processos manuais. . ATINGIR QUANTO ANTES O PEO DENTRO DO PERIODO ANALISADO.
. Analisando-se os modelos , temos a fórmula $ PEO = ? .eq x PV , que logo nos induz a acreditar que o produto de maior preço de venda é que fará com que o valôr $ PEO seja mais rapidamente atingido , o que em muitos casos não é verdade pois a outra variável , ? = quantidade de peças do ponto de equilíbrio é ultrapassada em um % menor do que em outros produtos com menor Preço de venda

Supondo que a Margem de Contribuição seja a mesma e que o $ PEO seja de R$ 100.000,00 , o faturamento do Produto G ultrapassará o valor do PEO em R$ 40.000,00 ; ao passo que o faturamento do Produto K ultrapassará o valor do PEO em R$ 68.000,00 , como podemos ver no exemplo nem sempre o produto com maior preço de venda com a mesma margem de contribuição é que gerará melhores resultados para empresa , e que o resultado depende também da capacidade de Produção. Com o exemplo acima , devemos ter o cuidado de sempre verificar e adequar a capacidade de Produção para os Produtos de maior preço de venda com uma simples verificação da multiplicação do : PV x Capacidade de Produção. Este valor deve ser sempre maior ou igual em relação aos produtos de menor preço de venda , podendo ser menor para alavancar vendas de outros produtos ou estratégia de aumento de mercado.

Fonte: Antonio Carlos de Matos Consultor de Empresas

Hasta la vista, Baby!!!

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Escola pode desligar aluno inadimplente no meio do ano letivo, prevê projeto

Foi aprovada, nesta semana, pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, medida que permite que estabelecimentos de ensino particular possam fazer o desligamento de estudantes inadimplentes a mais de 90 dias após o término do semestre.
O deputado Márcio França (PSB-SP), autor do projeto (PL 1042/07), argumenta que deve-se dar uma garantia ou liberdade de ação às escolas para que elas não sejam obrigadas a arcar com um longo período de inadimplência.
Hoje, segundo determina a Lei 9.870, que regula a relação entre estabelecimentos de ensino e família, as escolas podem fazer o desligamento do aluno inadimplente, desde que não prejudique sua vida escolar e nem lhe cause constrangimento.
Ainda segundo a legislação vigente, o desligamento só pode ser feito ao final do período letivo: se o curso for semestral, ao final do semestre, se for anual, ao final do ano.
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O que muda?
A proposta prevê que o desligamento pode ser feito ao final do semestre que se verificar a inadimplência, mesmo que o curso seja anual. Para Polyanna Carlos da Silva, advogada da Pro Teste - Associação de Consumidores, efetuar o desligamento do aluno ao final do semestre nos casos em que o curso é anual é uma prática abusiva."É uma forma de expulsão", considera. "A escola tem outros meios de cobrar a dívida e a medida não pode prejudicar a vida escolar do aluno, nem constrangê-lo", afirma. A advogada ainda rebate a justificativa do autor do projeto de lei de que a inadimplência do aluno prejudica a escola. "O estabelecimento sustenta, no máximo, um ano o aluno inadimplente, esse período não causa tanto prejuízo como o projeto tenta demonstrar".
Polyana lembra, ainda, que ao final do período escolar, os estabelecimentos não são obrigados a efetuar a rematrícula do aluno. "Eles podem não efetuar a matrícula nem propor renegociação", explica.
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Relação equilibrada
O projeto já havia sido aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor da casa. A justificativa do relator da medida na comissão, deputado José Carlos Araújo, é a de que a única novidade do projeto é descaracterizar como abusiva a cláusula que proíbe o desligamento do aluno antes do término do período. "Os atuais direitos dos estudantes continuam resguardados", afirma Araújo em relatório. "O projeto visa tão somente a evitar o agravamento da situação de inadimplência por período mais longo, especialmente nos casos em que o calendário escolar é anual". Para o relator, a proposta equilibra as relações de consumo. O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e para tornar-se lei ainda precisa ser votado em plenário, analisado pelas comissões do Senado para, depois, ser sancionado ou vetado pelo Presidente da República.
O caminho ainda é longo para que a regra mude. Enquanto isso, o que vigora é que o desilgamento no meio do período letivo é prática abusiva. Polyanna aconselha aos estudantes que passarem pela situação reclamar junto ao Procon ou mesmo recorrer à Justiça.
Fonte: Infomoney
Hasta la vista, Baby!!!

domingo, 20 de setembro de 2009

Planos econômicos brasileiros à partir de 1985

Nesta quarta (15), o Plano Brasil Novo, também conhecido como Plano Collor, completou 19 anos. Na ocasião, entrou em vigor o controverso plano econômico de Fernando Collor, anunciado logo após sua posse, em março de 1990. Saiba quais foram os principais planos econômicos brasileiros desde 1986:
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Plano Cruzado – Fevereiro de 1986
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Criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado foi idealizado por Dilson Funaro, então ministro da Fazenda. Entre as principais medidas estavam:
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- Congelamento de preços de bens e serviços;
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- Reforma monetária, alterando a moeda que passou a se chamar cruzado;
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- Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,00;
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- Criação de uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas em uma inflação muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula;
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- Criação de um tipo de seguro-desemprego para quer fosse dispensado sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas;
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- Salários passam a ser reajustados pelo chamado gatilho salarial, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%.
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Em um primeiro momento, o Plano Cruzado teve amplo apoio popular e até mesmo seus opositores passaram a apoiá-lo. No entanto as coisas começaram a não dar certo, pois os preços relativos da economia estavam desequilibrados. Com isso, muitos produtores não puderam reajustar seus preços (que eram corrigidos no início de cada mês) e acabaram perdendo rentabilidade no negócio ou, em alguns casos, ficando com preços mais baixos que os custos. Isso levou à queda na qualidade de diversos produtos.
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Além disso, o congelamento não permitiu que os preços que variam de acordo com a época do ano se ajustassem, o que levou ao desabastecimento de alguns bens e o surgimento do ágio para a compra de produtos como carne, leite e automóveis. Para piorar a situação, o governo concedeu um abono de 16% ao salário mínimo e de 8% aos funcionários públicos, o que estimulou o consumo e aumentou a demanda, que não pode ser ajustada por um aumento de preço.
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O governo seguia com elevados gastos público e manteve o congelamento da taxa de câmbio, o que levou o país a perder uma parcela considerável das reservas internacionais e os juros da economia estavam negativos o que desestimulava a poupança e pressionava o consumo.
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A proximidade das eleições para os governos estaduais impediu a adoção de medidas para salvar o Plano Cruzado. Após a base governista vencer em 22 dos 26 estados, as coisas começaram a mudar. O primeiro passo foi descongelar os preços, mas com isso a inflação voltou com força e naufragou o plano.
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Plano Bresser – Julho de 1987
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Luiz Carlos Bresser Pereira assumiu o Ministério da Fazenda do Governo José Sarney em abril de 1987 após fracasso do Plano Cruzado. Pouco depois de sua posse, a inflação no Brasil atingiu a marca de 23,21%.
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Na época, o principal problema do país era o déficit público, com o governo gastando mais do arrecadava. Em apenas quatro meses, essa diferença já atingia 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para tentar solucionar esse cenário, foi criado o chamado Plano Bresser, no qual se instituiu o congelamento dos preços, dos aluguéis, dos salários. Também foi criada a UPR, que serviu como referência monetária para o reajuste de preços e salários.
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Para conter o déficit público, foi decidido desativar o gatilho salarial (reajuste dos salários pela inflação), além do aumento de impostos, corte de subsídios do trigo e o adiamento de obras de grande porte já planejadas. O país passou também a negociar com o FMI e suspendeu a moratória. No entanto, os esforços de Bresser não deram certo e a inflação atingiu 366% em dezembro de 1987. Com isso, o ministro pediu demissão em janeiro de 1988 e foi substituído por Maílson da Nóbrega.
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Plano Verão – Janeiro de 1989
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Substituto de Bresser na Fazenda, Maílson da Nóbrega lançou no dia 16 de janeiro de 1989 um plano econômico que ficou conhecido como Verão. A crise inflacionária nos anos 80 levou à edição de uma lei que modificou o índice de rendimento da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o cruzado novo, que inicialmente era atrelada em paridade ao dólar, e a extinção da OTN, importante fator de correção monetária.
Mais uma vez as intenções do governo não deram certo e o Plano Verão gerou uma série de desajustes às cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a 20,37%. Esses prejuízos puderam ser reavidos na Justiça até dezembro do ano passado.
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Plano Collor – Março de 1990
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Anunciado no dia 16 de março de 1990, um dia após a posse do presidente Fernando Collor, o plano foi um conjunto de reformas econômicas que visavam controlar a inflação crescente nos anos anteriores. Oficialmente, o nome do plano era Brasil Novo, mas ficou conhecido popularmente como Plano Collor.
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A proposta era combinar a liberação fiscal com a financeira. Para isso, foram adotadas medidas radicais para estabilizar os preços, que foram acompanhadas de programas de reforma da política industrial e do comércio exterior. O governo decidiu também dar início a um programa intitulado Programa Nacional de Desestatização,mais conhecido como PND.
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O plano foi efetivamente implementado pela equipe de economistas de Collor, composta por Zélia Cardoso de Mello, Antônio Kandir, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e João Maia. Entre as medidas adotadas estavam:
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- Substituição do Cruzado Novo pelo Cruzeiro;
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- Congelamento de 80% dos bens privados por 18 meses;
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- Taxas elevadas em todas as transações financeiras;
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- Indexação das taxas;
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- Fim da maior parte dos incentivos fiscais;
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- Preços reajustados por entidades públicas;
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- Câmbio flutuante;
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- Abertura da economia para o comércio exterior;
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- Congelamento temporário dos salários e preços;
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- Extinção de agências do governo para a redução de gastos públicos;
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- Estímulo à privatização e início da remoção da regulamentação da economia.
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Antes da posse de Collor, o Brasil vivia um processo de hiperinflação, com o índice chegando a uma média mensal de 28,94%. Para conter os preços, a proposta era restringir o fluxo de dinheiro para conter a inflação inercial. No entanto, a queda no comércio gerou uma grande redução da atividade industrial. Em junho de 1990, a inflação estava 9%, contra 81% de março.
No entanto, esse congelamento de ativos, que na prática foi um confisco do dinheiro que a população tinha em conta corrente, começou a gerar outros problemas para a economia. Com um cenário recessivo, as empresas passaram a demitir, muitas fecharam as portas.
No fim de 1990, a inflação já tinha voltado a crescer e fechou o ano com 1.198%. Para tentar reverter a situação, foi lançado o Plano Collor II, que teve uma série de medidas no mercado financeiro que representaram uma política de elevadas taxas de juros. Com um novo congelamento de preços e salários, a inflação fecha 1991 em 481%.
O processo de abertura da economia brasileira obrigou a indústria nacional a investir para se modernizar. No entanto, a inflação seguia um pouco elevada e um escândalo político levou ao impeachment de Collor.
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Plano Real – junho de 1993
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O Plano Real foi implantado em três etapas e iniciado em 14 de junho de 1993 quando Fernando Henrique Cardoso era Ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco. No ano seguinte foi criada a Unidade Real de Valor (URV) que passaria a ser a nova moeda brasileira posteriormente e que se chamaria Real. Seu objetivo principal do Plano Real era controlar a hiperinflação, um problema brasileiro estava impedindo o desenvolvimento do país. O momento combinou condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o governo brasileiro lançasse o plano que colocou fim a quase três décadas de inflação.
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Apesar do sucesso, o Plano Real enfrentou duras dificuldades, principalmente com a crise dos Tigres Asiáticos (1997) e da Rússia (1998). Com isso, o governo precisou elevar a taxa básica de juros, que chegou a 50% ao ano em setembro. No final de 1998, assinou um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que impunha duras obrigações a serem cumpridas.
Com dificuldades de aprovas medidas importantes no Congresso, como a taxação dos servidores inativos, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso se viu obrigado a abandonar o sistema de bandas cambiais e deixa a taxa de câmbio flutuante (livre). Em apenas dois meses, a moeda brasileira perdeu 40% de seu valor.

Nos anos seguintes a situação ficou sob controle, com o Real voltando a ser alvo de especulação em 2002, quando a eleição de Lula à presidência era quase certa. No entanto, em um documento chamado Carta ao Povo Brasileiro, o então candidato se comprometeu a manter os parâmetros da economia brasileira e a situação se acalmou.

Fonte: virgula.com.br

Clique abaixo e assista a um vídeo com o resumo dos planos econômicos.

http://www.youtube.com/watch?v=oKcbnQ7ga0c

Hasta la vista, Baby!!!!